Novo diretor quer priorizar inteligência para atacar corrupção na Agepen

Nomeado é agente penitenciário de carreira, há 17 anos

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Nomeado é agente penitenciário de carreira, há 17 anos

 

O novo diretor-presidente da Agepen (Agência Estadual de Administração Penitenciária) de Mato Grosso do Sul, Aud de Oliveira Chaves, agente penitenciário de carreira, há 17 anos, disse que é plano seu o de fortalecer o setor de inteligência do órgão como meio de combater os atos de corrupção que envolva servidores do setor.

Outra tarefa de Chaves, disse ele, ao lado do secretário José Carlos Barbosa (Justiça e Segurança Pública), na manhã desta quarta-feira (8), em coletiva de imprensa promovida para anunciar a nomeação, é a de que sua gestão será marcada por “lisura e transparência”

Chaves assume o lugar do juiz aposentado Ailton Stropa, que disse ter pedido exoneração depois de deflagrada a operação Girve, do Ministério Público Estadual, semana passada, incluiu o magistrado como investigado por suposta irregularidade na promoção de um curso reservado aos agentes penitenciários.

A nomeação de Chaves, segundo Barbosa, atende antiga reivindicação dos agentes penitenciários, que pedia o nome de algum deles para assumir o comando da Agepen. Hoje, o Estado emprega 1,4 mil agentes e deve nomear outros 435 no mês que vem.

“Tenho o apoio dos meus colegas, da categoria. Vamos nomear as pessoas certas para conduzir a Agepen”, disse Aud Chaves, que já chefiou o Instituto Penal de Campo Grande e ainda o setor de Transportes da agência.

Os dois últimos presidentes da Agepen são investigados pelo MPE: Stropa e o antecessor, o coronel da Polícia Militar, Deusdete Souza de Oliveira Filho.

A gestão do coronel é investigada por suposta fraude na compra de alimentos e materiais de higiene pessoal aos presos. Relatório da própria Agepen diz que, em 2014, gestão de Deusdete Filho, a agência gastou R$ 22 milhões em compras de arroz, marmitex, papel higiênico e colchões.

No ano seguinte, em 2015, sob o comando do juiz aposentado, as mercadorias destinadas aos presos custaram em torno de R$ 5 milhões, ou soma de R$ 17 milhões inferior a da gestão do coronel. O caso é investigado pelo MPE.

Já Stropa teria cometido irregularidade na condução do curso aos agentes penitenciários, que custou R$ 60 mil. O juiz aposentado disse ter pago o curso com dinheiro de sua conta bancária, ou seja, do próprio bolso.