MPE-MS dá 90 dias para Prefeitura trocar gestores de postos de saúde

Pelo menos 25 gestores de posto não possuem formação em saúde

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Pelo menos 25 gestores de posto não possuem formação em saúde

O MPE-MS (Ministério Público Estadual) emitiu uma recomendação para que a Prefeitura de Campo Grande substitua, em até 90 dias, os gestores de unidades de saúde pública da rede municipal que não possuam curso de pós-graduação em saúde pública, conforme determinaria a Lei Municipal.

A recomendação foi publicada nesta quarta-feira (22), no Diário Oficial do MPE-MS, e vale para as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), UBSs (Unidades Básicas de Saúde), UBSFs (Unidades Básicas de Saúde da Família), Centros de Especialidades Infantil e CRSs (Centros Regionais de Saúde).

A solicitação foi emitida como resultado de uma investigação instaurada pelo órgão a pedido do Conselho Municipal de Saúde, em 2015, para verificar a existência de profissionais sem formação especializada na área da saúde em cargos de chefia e gerência nos postos de saúde da Capital.

A designação de pessoas sem pós-graduação em saúde pública para esses cargos contraria uma deliberação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) que determinou, em 2015, a exigência da formação especializada para o provimento nas funções de chefia dos postos de saúde.

Como resultado das investigações, o MPE-MS apontou que, dos 79 gestores de postos de saúde na Capital, apenas 27 possuem pós-graduação em saúde pública. O órgão constatou inclusive que existem 25 pessoas gerindo as unidades que completaram apenas o ensino médio, sem formação na área da saúde.MPE-MS dá 90 dias para Prefeitura trocar gestores de postos de saúde

No curso do inquérito, a Prefeitura Municipal de Campo Grande se comprometeu a promover a “substituição gradativa dos servidores que não se encaixam nos critérios estabelecidos” pela deliberação da Sesau, emitida em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde.

A recomendação pede que em até 30 dias a Prefeitura informe se irá cumprir as trocas no prazo solicitado, caso contrário, o MPE-MS pode entrar com ação civil pública contra o órgão. O texto da recomendação foi assinado pelo promotor de Justiça Humberto Lapa Ferri, da 31ª Promotoria de Justiça de Campo Grande.

Últimas Notícias

Conteúdos relacionados

consórcio