Executivos da JBS dizem que propina em MS chegava a 30% da renúncia fiscal
Diretores prestaram depoimento à força-tarefa de MS
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Diretores prestaram depoimento à força-tarefa de MS
Dois executivos da JBS que firmaram delação premiada na Operação Lava Jato foram ouvidos pela superintendência da Polícia Federal em Mato Grosso do Sul no âmbito da Operação Papiros de Lama, que resultou na prisão do ex-governador André Puccinelli (PMDB). Em depoimento, ambos disseram que a propina paga à gestão peemedebista chegava a 30% dos valores dos TAREs (Termos de Acordo de Regime Especial).
A concessão de benefício fiscal ao grupo JBS já era alvo de investigação da Lama Asfáltica, mas ficou na mira da PF depois de detalhes repassados pelos irmãos Wesley e Joesley Batista em delação premiada divulgada em maio deste ano. Eles afirmaram que a propina era realidade em Mato Grosso do Sul há vários anos.
Em novo depoimento à PF em MS, Valdir Boni, diretor de tributos da JBS, afirma que tinha a responsabilidade de apurar mensalmente quais eram os valores dos tributos que o gigante frigorífico deixava de pagar a Mato Grosso do Sul.
Eram analisados quatro termos de acordo, segundo o delator: 149/2007, 657/2011, 862/2013 e 1028/2014. Assim que Boni levantava o montante mensal, repassava o número para outro diretor da empresa que atuava no setor financeiro: Demilton Antonio de Castro.
“Era em torno de 30%”, disse Boni quando questionado sobre o valor de propina que deveria ser repassado para o Governo do Estado com base nos valores de impostos “economizados” pela JBS.
Também em depoimento ao delegado da força-tarefa da Lama Asfáltica, o diretor Demilton confirmou que sempre a empresa repassava 1/3 dos valores dos acordos como propina para o Governo. “Valores eram passados em conta corrente para depósito ou em espécie”, disse o delator.
Advogado de André Puccinelli, Renê Siufi disse ao Jornal Midiamax que a delação não trouxe elementos novos ao que já era investigado pela Polícia Federal nas primeiras fases da Lama Asfáltica.
Operação
De acordo com a PF o grupo criminoso, com a participação dos Puccinelli, direcionou licitações, superfaturou obras públicas, fez compra fantasmas de produtos, financiou atividades privadas de estatais sem relação com atividade-fim do órgão, cobrou propina para conceder incentivos fiscais e corrompeu agentes públicos.
A empresa do filho do ex-governador é suspeita de vender livros jurídicos para uma concessionária de serviços públicos sem relação alguma com universo dos advogados. Essa seria uma das formas de lavar o dinheiro desviado.
Nesta etapa da operação, a PF informou que houve colaboração de alguns investigados. Com a delação, exames periciais e análise de diversos documentos apreendidos nas outras quatro fases da Lama Asfáltica, os policiais conseguiram comprovar desvios e superfaturamentos de obras públicas.
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