Informações são do Portal da Transparência
Durante os três últimos anos da gestão de André Puccinelli (PMDB), alvo de condução coercitiva nesta quinta-feira (11) por parte da Polícia Federal, o governo de Mato Grosso do Sul desembolsou R$ 270,5 milhões com as quatro empresas investigadas na Máquinas de Lama, 4ª fase da Operação Lama Asfáltica.
Estão sendo investigadas as empresas H2L e HBR, ambas do empresário Rodolfo Holsback, também alvo de condução coercitiva, além da Digix, antiga Digitho Brasil, e a Gráfica Alvorada, de Mirched Jafar Júnior, preso preventivamente nesta quinta. Todas as empresas mantém contrato com o governo desde o início da gestão Puccinelli, em 2007.
Pelo Portal da Transparência, é possível conferir os valores desembolsados nos últimos anos da administração Puccinelli, entre 2012 e 2014, com os pagamentos dos contratos com as empresas. Os valores dos outros anos não são contabilizados no portal eletrônico.
A Digix sozinha recebeu mais da metade do montante pago ao grupo investigado: R$ 144,1 milhões em três anos. A empresa presta serviços de informática e na época mantinha contratos com a Sefaz (Secretaria de Estado de Fazenda), Agehab (Agência de Habitação Popular de MS) e a Sed (Secretaria de Estado de Educação).
As empresas de Rodolfo Holsback, HBR e H2L, foram beneficiadas com R$ 89,4 milhões no mesmo período. A HBR assinou contratos com a Funsau (Fundação de Serviços de Saúde) para locação de equipamentos hospitalares. Já a H2L loca impressoras e multifuncionais para diversos órgãos do Estado.
A Gráfica Alvorada foi contratada pelo governo do Estado para fornecer livros didáticos à Rede Estadual de Ensino, desde o início da gestão do ex-governador. Entre 2012 e 2014, a editora recebeu R$ 37 milhões pelas impressões.
Das quatro, o governo do Estado encerrou as contratações apenas com a Gráfica Alvorada, em 2015. As outras três investigadas continuam prestando serviços à administração pública estadual, segundo o Portal da Transparência de Mato Grosso do Sul.
Operação Máquinas de Lama
A Operação Máquinas de Lama foi deflagrada nesta quinta-feira (11) em conjunto pela Polícia Federal e CGU (Controladoria Geral da União) e cumpre três mandados de prisão, nove de condução coercitiva, 32 mandados de busca e apreensão, além de sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.
Além de Campo Grande, 270 agentes da PF, CGU e RF estão nas cidades de Nioaque, Porto Murtinho e Três Lagoas, em Mato Grosso do Sul, São Paulo (SP) e Curitiba (PR), são alvos dos Operação que cumpre três mandados de prisão preventiva, nove de condução coercitiva, 32 de busca e apreensão além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas.
(com supervisão de Evelin Cáceres)