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Transparência

Em evento sobre Lava Jato, PF confirma novas etapas de operações em MS

‘Análise de documentos leva a mais provas’
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‘Análise de documentos leva a mais provas’

Delegado do Núcleo de Inteligência da em Mato Grosso do Sul, Guilherme Guimarães Farias afirmou nesta segunda-feira (23) que novas fases da Operação Lama Asfáltica podem ser aguardadas no Estado, durante conversa com acadêmicos de Direito da Uniderp na Semana Jurídica.

“A Lama Asfáltica tem todo um caminho ainda a ser percorrido, sim, assim como a Lava Jato. É sempre uma investigação que se inicia sem muitas intenções, mas com a análise de documentos acabamos chegando a mais provas. A divisão em fases facilita o trabalho. Estamos fazendo [na Lama Asfáltica] nesse sentido. Facilita a analisar o volume muito grande de documentos”.

Fruto de trabalho conjunto com a Receita Federal e a Controladoria-Geral da União (Ministério da ), a Operação é realizada na Delegacia de Repressão a Crimes Financeiros e Desvios de Recursos Públicos da Polícia Federal. “Nós [Núcleo de Inteligência] dependemos de laudos periciais, mas temos boa estrutura de peritos. Tanto que a Superintendência do Estado é uma das mais eficientes do Brasil, em termos de produtividade”.

Evitando dar detalhes sobre o conteúdo sigiloso das operações, o delegado abordou temas como corrupção e as outras faces do trabalho da Polícia Federal no Estado. Para Guilherme, o caminho da corrupção é sempre o mesmo.

“Segue sempre os mesmos padrões. Começa de pequenos atos. O problema é que a corrupção está entranhada e temos que extirpar este câncer, que não está só na classe política. Existem atos de corrupção que ainda não são tão percebidos, como a venda do voto, que pode chegar a causar um dano em toda a engrenagem, como têm causado na política. É por aí que temos que perceber e combater a corrupção”.

Além de apoiar o trabalho da Lama Asfáltica com filtragem de informações, para que os documentos úteis sejam usados nas investigações, o Núcleo de Inteligência também auxilia na troca de informações, como pesquisa do caminho do dinheiro desviado. 

“A lavagem de dinheiro é um crime transacional. Não tem como falar em lavagem sem falar de paraísos fiscais, que antes eram só o Uruguai e Panamá e hoje têm essa teia no mundo todo. Claro que a legislação também evoluiu e temos o Ministério da Justiça que trabalha em conjunto auxiliando nessa troca de informações com outros países. É uma demanda muito forte da Lava Jato, usada também na Lama Asfáltica”.

Operações ‘toda semana’

A Polícia Federal tornou-se mais popular após os escândalos de corrupção que escancararam nacionalmente como é feito o desvio de recursos públicos por políticos e grandes empresas, que financiam campanhas e fazem com que o sistema se perpetue no país.Em evento sobre Lava Jato, PF confirma novas etapas de operações em MS

Porém, o delegado pontua as diversas outras funções da Polícia. “Nossa função é fazer o máximo com o mínimo. A Superintendência de Mato Grosso do Sul é uma das mais eficientes do Brasil e os números mostram isso”.

Segundo o delegado, existem grandes operações contra o tráfico de drogas no Estado praticamente toda semana. “Quando se fala em apreensão de drogas em e no interior, por muitas vezes há por trás o trabalho da Polícia Federal e o passaporte é emitido mais rapidamente no Brasil aqui pela Superintendência”. 

Também foi desenvolvido por peritos criminais da Polícia um software que detecta imagens com conteúdo pornográfico envolvendo crianças em computadores e notebooks, que facilitam a prisão em flagrante dos suspeitos no momento da busca e apreensão durante as operações.

O delegado avalia que as operações auxiliam as pessoas a verem os erros e, principalmente, corrigi-los. “As fraturas estão expostas e devemos aprender com esses erros para não os cometermos novamente. É mais do que obrigatório repensarmos nossos votos e exigirmos dos nossos governantes. Estamos a um ano das eleições”. 

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