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Transparência

CRSs custam R$ 1,5 milhão para funcionar, mas atendimento é ‘capenga’

Escala tem poucos médicos e atendimento é limitado 
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Escala tem poucos médicos e atendimento é limitado 

tem cinco CRS (Centro Regional de Saúde) que funcionam ao custo de R$ 1,5 milhão, cada, mas apesar do investimento alto para atender a população, o paciente encontra atendimento limitado quase todo dia. Embora sejam elencadas como atendimento 24 horas, ou seja, a qualquer hora do dia com médicos, as unidades da cidade enfrentem dificuldades em fechar a escala de plantão desde as ‘desistências’ de profissionais em atender na rede municipal. 

Em uma semana, as unidades dos bairros Nova Bahia e Tiradentes funcionaram com a escala de médicos desfalcada, conta com apenas um profissional atendendo. Neste domingo (10), por exemplo, o posto do Nova Bahia teve apenas um plantonista no período da tarde e nenhum médico pediatra.  

Situação semelhante enfrenta a o CRS do bairro Tiradentes, principal ponto de atendimento da região leste da cidade, que de modo geral funciona com um ou no máximo dois plantonistas, e a velha habitual demora é reforçada ou então os pacientes são dispensados. 

Com o déficit do quadro de médicos, os problemas quanto a superlotação e demora ficam mais latentes. Postos de saúde lotados, horas de espera e estrutura deficiência fazem parte da realidade. “Temos que nos virar para conseguir atender, porque o paciente não quer saber o motivo da demora, ele quer é ser atendido”, analisou uma médica do município que preferiu não ser identificada. 

A demora para o atendimento em serviços de urgência e o período de espera para uma consulta médica, além da necessidade de contratação de mais especialistas, foram os itens mais sugeridos pelos entrevistados pela reportagem do Jornal Midiamax para as melhorias na Saúde. Para se ter ideia, estima-se que há 1,8 mil pessoas esperando pelo atendimento de uma especialidade na Capital.  

Para tentar resolver a situação que se estende à outras unidades, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) já acenou que pretende reduzir as portas de entrada 24 horas. Uma das apostas é compactar as UPAS, extinguir as CRS e ampliar os serviços básicos, que atualmente registram poucas vagas e tempos longos de espera. Mas, no entanto, o chefe do executivo não estabeleceu prazos para a planejada reestruturação. 

Para o município, o acumulo de unidades de emergência e que funcionam 24 horas, embora tenham a finalidade de esvaziar o gargalo dos hospitais, implicou no enfraquecimento do atendimento ambulatoriais, conhecidas como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde. Ou seja, é o atendimento inicial.

“Nós temos dificuldades para ter médico no Nova Bahia, é uma dificuldade e estamos tentando de todas as formas harmonizar isso. O atendimento do Nova Bahia não é alto, assim como no Santa Mônica e isso demonstra que o nosso sistema é grande”, expôs o secretário municipal de saúde, Marcelo Vilela, durante agenda pública nessa última semana.  

O desfalque do quadro de médicos é resultado das demissões em massa registradas na rede municipal de saúde. Pelo menos 136 médicos pediram demissão da rede municipal de saúde de Campo Grande entre janeiro e março deste ano. Atualmente, o município conta com 1.093 médicos

 

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