Alguns parlamentares são contra a obra

A Prefeitura de , a 440 quilômetros de Campo Grande, está construindo dois portais turísticas, e o gasto de R$ 485,1 mil com chapas de alumínio, letras em inox e sistema de LED está causando polêmica na cidade, principalmente entre a oposição.

A obra com área prevista de edificação de 250 m² nas entradas da Avenida Orlando Mascarenhas (contorno rodoviário) e na Avenida Porto Taboado começou semana passada. “Está em fase de fundação e o prazo de término é de 90 a 120 dias. Os portais vão melhor divulgar Aparecida do Taboado, onde nasce o Rio Paraná, além de divulgar o turismo da cidade, que é voltado ao esporte aquático em virtude da barragem de Ilha Solteira”, explica o prefeito José Robson Samara (PR).

Segundo a Prefeitura, “os painéis serão feitos com revestimento em chapas de ACM (Aluminium Composite Panel), dobrados e fixados nos suportes de metalão, espessura de 3mm e com pintura cainar de alta tecnologia de fábrica, com conjuntos de letras caixa em aço inox polido e cores padrão conforme logomarca, sistema de LED para iluminação das letras caixa e fontes de energia para alimentação das mesmas”.

O gasto de quase meio milhão de reais para a construção não está agradando todos os parlamentares. “O que o município menos precisa é de portais. Nós precisamos de verba em saúde, pro exemplo. O que a gente vê é falta de investimento nas pessoas, um melhor atendimento na saúde, exames, remédios, transporte, entre outros. O paciente daqui precisa ser levado para Três Lagoas, Paranaíba e Campo Grande”, ressalta o vereador Gustavo Carvalho Rodrigues de Almeida (PMDB).

“Para questão turística é bom, porém o município enfrenta dificuldades na área da saúde”, afirma o vereador Rogério Mendes Ramos (PMDB).

Os vereadores reclamaram do gasto com a construção dos portais, mas reconhecem que é verba federal. “Se veio de verba federal, tem que ser usado lá, não pode ter desvio para outro fim”, cita o vereador Gustavo.

Mesma opinião tem o vereador Rodrigo Queiroz Neto (PDT). “Apesar de ser uma verba federal, precisamos de investimento na área da saúde. O município está passando por um desgaste grande. Na verdade, nós precisamos que sejam feitos serviços voltadas à população. A saúde hoje é uma reclamação constante, deixa a desejar, coisas supérfluas é prioridade”, disse ele.

Segundo o prefeito, foi um pedido do executivo e da Câmara de Vereadores, o que foi negado pelo vereador Rodrigo. “A obra não foi aprovada na Câmara, é uma execução da Prefeitura. É feita uma licitação pelo prefeito e ele escolhe as prioridades”, pontua.

A obra foi licitada no dia 15 de junho de 2015. O serviço está sendo executado pela empresa Sublime Prestadora de Serviços Ltda, vencedora do certame.