Caso repercutiu após enfermeira postar fotos dos pacientes em redes sociais
A enfermeira Alice Rachid, que causou revolta em 2014 após publicar no Facebook brincadeiras de mau gosto envolvendo deficientes mentais, foi punida pela atitude antiprofissional em março deste ano, segundo confirma publicação de hoje no Diogrande. Alice foi advertida pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) Estadual de Saúde. Ela também recebeu punição baseada no código de ética da profissão pelo Coren (Conselho Regional de Enfermagem), segundo divulgado na semana passada.
O episídio aconteceu em abril do ano passado na UBS (Unidade Básica de Saúde) do bairro Nova Bahia . Na época, a enfermeira postou foto de paciente com mensagem direcionada para amiga: “Alzana, olha como seu esposo está, parece um macaco”. Em outra, cujo paciente aparece com a língua de fora, ela escreve: “Alzana, seu futuro já está com a língua de fora te esperando, KKKKK. Você não me convidou para ser madrinha do seu casamento com nosso inesquecível linguão? Não precisa ficar enciumada com essa língua”.
Com a repercussão do caso, o comportamento da enfermeira foi bastante questionado, inclusive por colegas de profissão, que cobraram o fato de Alice não ter recebido nenhuma advertência pelos atos. A punição administrativa só ocorreu quase um ano depois e foi publicada no Diário Oficial no dia 23 de março, sendo retificada na data de hoje, para corrigir a lotação da funcionária pública, que segue na mesma UBS onde ocorreram as brincadeiras .
Procurada na época para rebater as denúncias, a enfermeira Alice disse ao Jornal Midiamax, que foi mal interpretada e que não agiu com maldade. “Fico chateada porque atrapalha a minha vida profissional. Tenho um irmão com síndrome de Down e jamais falaria para ofender. É o pessoal que eu mais gosto por conta do meu irmãozinho, se as pessoas olhassem o meu Facebook iam ver que está cheio de fotos dele”, esclareceu.
De acordo com a assessoria do Coren-MS, a punição do conselho ocorreu após julgamento em abril deste ano, porém, as penas não foram reveladas por motivos éticos. (Com supervisão de Marta Ferreira)
