Demonstrativo foi divulgado nesta tarde

De janeiro a agosto deste ano a Prefeitura de Campo Grande, que estava sob o comando de Gilmar Olarte (PP), teve R$ 1,5 bilhão em despesas brutas com pessoal. Deste total R$ 1,2 bilhão foi com quadro de funcionários ativo; R$ 221,4 mil com inativos e pensionistas; R$ 40,2 mil em outras despesas de pessoal decorrentes de contratos de terceirização. Além disso, R$ 220 mil em “despesas não computadas”. As informações foram publicadas na edição suplementar do Diário Oficial do Município. 

As “indenizações por demissão e incentivos à demissão voluntária” decorrentes de decisão judicial somam R$ 166 mil e inativos e pensionistas com recursos vinculados R$ 220 mil. Sendo assim, a despesa líquida com pessoal é de R$ 1,3 bilhão pelos oito primeiros meses do ano, segundo o demonstrativo da despesa com pessoal e orçamentos fiscal e da seguridade social publicado pelo Executivo.

Por conta do alto índice de funcionários comissionados Olarte estava era um dos investigados da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) das Contas Públicas na Câmara Municipal. A apuração também era acerca da redução na arrecadação do município, conforme alegação da prefeitura à época.

A administração alegava perda de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), ISSQN (Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza). Quando foi reconduzido ao cargo oficialmente, no último dia 27, Bernal informou que o caixa da Prefeitura estava “quebrado”, tanto que a verba que seria para o 13° salários dos servidores não foi guardada pelo antecessor.

Em meio à crise financeira, Olarte já havia entrado no processo de pagamento escalonado aos funcionários do Município, estratégia ainda usada pelo atual gestor. O Sisem (Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais) entrou na Justiça para paralisar o salário escalonado, mas a decisão foi favorável ao Executivo diante de tamanha crise.