Segundo a denúncia, a empresa teria sido privilegiada pela prefeitura na gestão da vice-governadora Simone Tebet (PMDB) e construiu centro esportivo que rachou antes da inauguração.

O estopim para o pedido de devolução mais de R$ 37 milhões pela construtora Atlhon Construções e Incorporações aos cofres de Três Lagoas foi a denúncia de que o novo Centro Poli Esportivo da cidade apresentava inúmeras rachaduras, mesmo antes de sua inauguração.

Na Ação Popular 0805724-25.2013, que corre na Vara de Fazenda Pública e Registros Públicos, os autores pedem a devolução da quantia milionária porque alegam que a Atlhon tem sido favorecida nas contrações da prefeitura desde a gestão de Simone Tebet (PMDB) (2004/2010), atualmente vice-governadora do Mato Grosso do Sul.

Por isso, a vice-governadora está entre os requeridos na ação, junto com a atual prefeita Márcia Moura (PMDB) e o todo poderoso secretário municipal de Assuntos Governamentais, Walmir Marques Arantes e os donos da Atlhon, sediada em Fernandópolis, estado de São Paulo.

A ação, ao denunciar o favorecimento da construtora, cita que de 2005 até junho de 2013, a empresa ganhou 44 contratos que foram aditivados 105 vezes. Dos contratos, 19 foram por convite, 16 por ‘tomada de preços’ e nove por concorrência pública.

Depois de listar as obras da construtora, os denunciantes pedem que a Justiça determine a devolução R$ 37.262.920,98 e apure eventual direcionamento das licitações por parte da prefeitura.

Os autores da Ação Popular são Valdecir Sanches Carlos, Luiz Carlos Alonso, Renée de Oliveira Venâncio e Glauce Batista Sobrinho.

Rachaduras

Segundo denúncia feita em setembro pela Rádio Caçula de Três Lagoas, o Centro Poli Esportivo da Lagoa Maior apresenta várias rachaduras.

Em função disso, segundo a denúncia, a inauguração do centro, que estava prevista para 30 de junho deste ano, acabou sendo adiada pela prefeita Márcia Moura. A obra custou R$ 8 milhões ao município.