Comissão de Justiça e Paz irá acompanhar denúncias de corrupção na política estadual

Grupo de leigos e eclesiásticos trabalha para chamar a atenção da sociedade sobre o “mar de lama” que envolve os três poderes e o Ministério Público Estadual.

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Grupo de leigos e eclesiásticos trabalha para chamar a atenção da sociedade sobre o “mar de lama” que envolve os três poderes e o Ministério Público Estadual.

A Comissão de Justiça e Paz, organismo ligado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, está atenta às denúncias de corrupção que assolaram Mato Grosso do Sul e envolveram os três poderes e o Ministério Público Estadual.

O grupo foi formado há três meses por representantes leigos e eclesiásticos, e trabalha para criar uma cultura de paz e cumprir um papel social na busca por respostas aos anseios da sociedade. Os membros farão reuniões mensais com objetivo de refletir sobre a atual conjuntura política estadual.

A atuação da comissão é norteada pela epístola do Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB, que exige o fim da corrupção no país. “E não nos esqueçamos dos que promovem os atos de corrupção através do poder econômico. Daí se exigirem providências enérgicas, medidas saneadoras, e uma legislação que puna exemplarmente todos os implicados em tais atos”, diz a carta.

Os membros da comissão também inspiram-se nas palavras bíblicas do profeta Jeremias, que criticava os poderosos de Israel por violar constantemente as leis e agir com corrupção. Ele também alertava que o povo receberia castigo por ter se esquecido de Deus. Está no livro do Antigo Testamento: “Sem punição não te posso deixar” (Jeremias, 46:28).

Após a conclusão dos debates, os membros da Comissão de Justiça e Paz devem elaborar relatório a ser submetido ao bispo de Três Lagoas, José Moreira Bastos Neto. Somente depois de um conselho episcopal é que a CNBB regional Oeste irá manifestar-se oficialmente sobre as denúncias de corrupção no Estado.

Na opinião da secretária executiva da comissão, Margarida Cavalheiro, a repercussão social para as suspeitas de corrupção ainda é tímida. “Entendemos que isso não reflete a preocupação que os fatos geram. Nosso povo não se atentou para a gravidade das denúncias”, afirma.(Editado às 13h50 para correção de informação)

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