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Cortes e desvios nas contas de campanha: crise em comitê eleitoral de Campo Grande

Fornecedor tentou receber 'por fora' e acabou expondo esquema nas contas de campanha em Campo Grande
Da Redação -
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eleitores Contas de campanha revelam briga por dinheiro em Campo Grande (Ilustração, Dall-E)
Contas de campanha revelam briga por dinheiro em Campo Grande (Ilustração, Dall-E)

Contas de campanha em Campo Grande desagradam quem esperava gastar menos para inflar candidato. Como os gastos só sobem, e números das pesquisas não acompanham, esquemas eleitorais tradicionais ficam mais difíceis. Assim, rolou até flagra de desvio com pagamentos superfaturados.

A treta começou quando tradicional prestador de serviços foi buscar o ‘por fora’ dele. Surpreso, recebeu a notícia de que já tinha recebido tudo no ‘oficial’. No entanto, explicou que interlocutor tinha mordido gorda parcela com a promessa de que entraria mais depois.

No fim dos levantamentos, descobriram que atravessador, que tem cargo público, já tinha recebido a ‘mordida tradicional’. Só que os cortes nas contas de campanha acabaram expondo a falcatrua. Segundo o fornecedor, tática é usual entre dirigentes da legenda.

“Toda eleição funciona assim. A gente já sabe que vai cortar nota maior para entrarem nas contas de campanha e devolver uma gorjeta gorda pra ele. Só que estão se estranhando lá dentro. Mas, eu não vou ficar no prejuízo”, ameaça o empresário, que ainda espera receber a ‘diferença’.

Nos corredores da campanha, comentários indicam esquemas em quase tudo. Institutos de pesquisa, gráficas, produtoras de eventos, locadoras de veículos e até recrutadores de cabos eleitorais teriam que operar levando em conta pagamentos no caixa 2 e gordas devoluções de propina.

Contas de campanha causam brigas no ninho

Com novos grupos brigando por cada pedacinho do bolo, os problemas para gerir as contas de campanha que prometeu mundos e fundos devem aumentar conforme as eleições para Prefeitura de Campo Grande se aproximam.

Correligionários emplumados estavam acostumados a se acomodar confortavelmente no ninho durante a farra eleitoral. Porém, agora disputam espaço com grupo de jovens empresários que orbitam os esquemas do candidato e são acostumados a ganhar muito dinheiro.

Assim, os cortes se tornam inevitáveis para atender todo mundo. Para piorar, fortuna de negociata em Brasília atiçou todos, mas já chegou com destino carimbado para galera que tem PHD em rachadinha.

Enquanto isso, todos no ninho seguem a máxima popular “quando a farinha é pouca, meu pirão primeiro”.

A temporada de prestação parcial de contas de campanha para a justiça eleitoral começou nesta semana, e a correria na cúpula para contornar os esqueminhas expostos pelos cortes é grande.

Por isso, segundo quem acompanha de dentro, mais tretas devem aparecer e penas vão voar.

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