‘Lacrolândia’ atrás de votos irrita políticos experientes e deve lotar comissão de ética
Parlamentares mais experientes querem frear excessos para casa não virar ‘lacrolândia’ em MS
Da Redação –
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Lacrolândia é como os parlamentares mais experientes estão chamando as manobras óbvias dos colegas mais novos desesperados por visibilidade nas redes sociais. Assim, os excessos atrás dos ‘lacres’ devem começar a render trabalho para comissão de ética em Mato Grosso do Sul.
Após episódios recentes que tiveram de discursos enraivecidos até teatralização do voto, legisladores já avisaram que vão segurar a ‘farra’.
“Está na hora de impor limites e cobrar respeito, mais postura. Se não agir agora, vamos terminar essa legislatura com uma verdadeira lacrolândia na Casa”, reclama político.
Segundo ele, a maioria dos colegas está cansada do que chama de “showzinhos para encher o reels de quem não tem mais nada a dizer”.
A política do lacre, que ganhou força junto com a migração de manifestações político-partidárias para as redes sociais, é recurso usado sem moderação por políticos de todos os lados e grupos.
Lacrolândia: casa dos políticos que sonham virar meme
Lacrar é, em síntese, resumir numa frase ou gesto uma ideia que mobiliza grupos na internet. O sonho de consumo de um lacrador é virar meme.
Originalmente, um meme é um conceito repetido por imitação e transmitido entre pessoas de um mesmo grupo, ou gerações.
Com o surgimento das redes sociais, passamos a chamar de memes conteúdos que se espalham rapidamente, ou viralizam, geralmente usando imagens, informações ou ideias de forma humorística ou sensacionalista.
Assim, as pautas que despertam mais engajamento, geralmente as mais polêmicas, se tornam foco dos ‘lacres’.
Nada além do lacre
Só que, em Mato Grosso do Sul, a prática tem irritado parlamentares mais experientes. “Se a gente deixar correr solto, perder o controle, vamos virar um circo, com gente dançando e gritando para chamar a atenção. Isso aqui já está virando uma ‘lacrolândia‘”, reclama legislador.
De acordo com ele, a situação não é novidade, mas foi apenas ‘repaginada’ com a internet.
“Sempre tivemos gente que tenta aparecer de todos os jeitos possíveis na tribuna. O que mudou é que, com a internet, tem alguns políticos que não fazem nada além de lacrar. Não têm nada a dizer além de repetir frases de efeito e até dancinhas”, conclui.
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