PRF que matou empresário em briga de trânsito deve ser julgado em abril
O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, determinou que seja colocado em pauta de julgamento o processo que que investiga a morte do empresário Adriano Correia Nascimento, morto a tiros na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016 pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, […]
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O juiz Carlos Alberto Garcete, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de Campo Grande, determinou que seja colocado em pauta de julgamento o processo que que investiga a morte do empresário Adriano Correia Nascimento, morto a tiros na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016 pelo policial rodoviário federal Ricardo Hyun Su Moon, de 47 anos.
A decisão foi dada na tarde desta segunda-feira (25). Ainda não há dia certo para o júri, porém, a expectativa é de que o policial seja julgado no mês de abril, quando devem ser abertas novas datas na agenda de julgamentos do Tribunal do Júri.
Também na segunda-feira, a comissão do processo administrativo disciplinar aberto contra Ricardo no Comando Nacional da PRF, reforçou solicitação ao juiz requerendo que sejam fornecidos provas e arquivos de imagens que constam no processo criminal.
O caso
Ricardo Sun Moon passou de policial a réu na madrugada do dia 31 de dezembro de 2016, quando se envolveu em uma confusão no trânsito, e atirou contra Adriano e as outras duas pessoas que estavam com ele no carro, Agnaldo Espinosa da Silva e o enteado de 17 anos. O empresário morreu na hora. Moon alegou legítima defesa, versão que não prosperou nem no inquérito da Polícia Civil nem na análise do Ministério Público Estadual.
Uma reconstituição com todos os envolvidos e também testemunhas foi realizado no dia 11 de janeiro de 2017. Na data, Moon estava preso em virtude a um mandado de prisão preventiva, mas no dia 1º de fevereiro, ele ganhou a liberdade.
Duas audiências já foram realizadas e Moon ouvido. Em depoimento ele mantém a versão de que seria atropelado e só por isso atirou no empresário. O policial também afirma que se apresentou como policial e que estava com a ‘vestimenta sereia’, ou seja, metade fardado e metade à paisana, é um procedimento de praxe na corporação.
A suposta invasão do prédio da Coordenadoria Geral de Perícias e falsificação de provas também são investigadas no processo da morte de Adriano. O achado de dois maçaricos, parecidos com armas de fogo, dentro da caminhonete Toyota Hilux do empresário, dias depois da perícia feita no veículo, levantou as suspeitas e resultou em nova investigação. A justiça chegou a pedir a quebra de sigilo telefônico da perita responsável pelo caso para esclarecer os fatos.
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