Elizabete Anache é a primeira juíza a ser eleita para a função de desembargadora por merecimento, em sessão realizada nesta quarta-feira (12). Com a nova função, Elizabete é a sexta mulher a integrar a mais alta corte da Justiça de Mato Grosso do Sul.
Ao final da votação, o desembargador Divoncir Schreiner Maran proclamou a juíza como promovida e anunciou os outros dois nomes que compuseram a lista tríplice: Fernando Paes da Campos e Luiz Antonio Cavassa de Almeida. A solenidade de posse de Elizabete Anache será em janeiro de 2019.

Biografia

Elizabete Anache, que assume a vaga resultante do falecimento do Des. Manoel Mendes Carli, nasceu em e ingressou na magistratura em fevereiro de 1994, na 1ª circunscrição, depois de ser aprovada no XVI concurso de provas e títulos. Uma promoção em novembro do mesmo ano, levou a juíza para a comarca de Bataguassu.
Em novembro de 1996, foi promovida para Bela Vista, comarca de segunda entrância. Por remoção, em julho de 2000, passou a judicar em Aquidauana. Em novembro do ano seguinte, a juíza foi promovida para Campo Grande e titularizou a 1ª Vara de Família e Sucessões da Capital, que é comarca de entrância especial.
Em junho de 2009, por remoção, deixou a 1ª Vara de Família para titularizar a 17ª Vara Cível Virtual, onde permaneceu até a promoção para desembargadora. Integrou a Turma Recursal por dois anos.
Foi juíza auxiliar da presidência do nas gestões 2009/2010 e 2011/2012. Em 2014, ocupou a função de juíza  auxiliar da presidência do TJMS novamente e juiz auxiliar da Corregedoria Geral de Justiça, onde permaneceu até janeiro de 2017.  Atualmente integra o Tribunal Regional Eleitoral de MS (TRE/MS) na classe juiz de direito e é também a ouvidora eleitoral do Estado.
Ao ser questionada sobre a responsabilidade de ser a sexta mulher a ocupar uma vaga de desembargadora e a primeira por merecimento, Elizabete afirmou estar muito feliz por ser a promoção o coroamento da carreira.
“Espero corresponder às expectativas do jurisdicionado diante da grande responsabilidade que terá ao atuar em segundo grau, além de representar o aumento da participação feminina na composição do Tribunal de Justiça de MS. Não posso deixar de  salientar minha admiração ao trabalho e à personalidade do Des. Manoel Carli, assim, não medirei esforços para honrar seu nome ao sucedê-lo tão precocemente”, afirmou.