MPT entra com ação contra Havan por coagir funcionários a votarem no Bolsonaro

O MPT-SC (Ministério Público de Santa Catarina), iniciou uma ação contra as lojas Havan nesta terça-feira (02) por coação de funcionários e direcionamento político dos mesmos. Além da empresa, também responde a ação o proprietário da rede, Luciano Hang. Conforme processo, Luciano coagiu seus funcionários a direcionarem seus votos ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro […]

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O MPT-SC (Ministério Público de Santa Catarina), iniciou uma ação contra as lojas Havan nesta terça-feira (02) por coação de funcionários e direcionamento político dos mesmos. Além da empresa, também responde a ação o proprietário da rede, Luciano Hang.

Conforme processo, Luciano coagiu seus funcionários a direcionarem seus votos ao candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL). Hang, ainda, teria afirmado que realiza pesquisas nas lojas para saber em quem seus funcionários pretendem votar.

O dono da Havan chegou a gravar um vídeo onde afirma que, caso Bolsonaro perca, a rede de lojas fechará as portas e os funcionários serão demitidos. O MPT pede que a Havan pague multa de R$ 1 milhão caso insista em agir de forma irregular.

O Sindicato dos Empregados do Comércio de Florianópolis divulgou o vídeo onde Luciano aparece dizendo que “jogará a toalha” em caso de derrota da direita. Veja o vídeo:

Outra processo

A rede de supermercados Condor, situada no Paraná, também foi acionada pelo MPT-PR (Ministério Público do Paraná) por causa do mesmo motivo. Entretanto, a rede optou por firmar acordo com o órgão para que a ação não prosseguisse.

Pedro Zonta, dono da rede de supermercados, escreveu uma carta direcionada a seus colaboradores, indicando Jair Bolsonaro (PSL) como opção de voto.

Na carta, Zonta diz estar preocupado com as eleições do próximo domingo (07), e que “nestes tempos de crise econômica e de muitos boatos eleitorais” precisava esclarecer a situação aos colaboradores. “Meu voto é no BOLSONARO – 17”, escreveu.

Ao final, Pedro, ainda, informa os trabalhadores que “acredito no Bolsonaro, votarei nele e peço que confiem em mim e nele para colocar o Brasil no rumo certo. Por isso e muito mais é BOLSONARO 17”.

Para o MPT, a ação foi uma forma de coagir os funcionários a votarem no candidato apoiado pelo proprietário da Condor. O órgão divulgou na segunda-feira (01) uma nota (leia na íntegra), a fim de orientar as empresas sobre a proibição de impor, coagir ou influencias as escolhas políticas dos funcionários.

O dono da Condor e o MPT firmaram um acordo onde Pedro se compromete a emitir nota de esclarecimento na qual comprove o afastamento da imposição política aos funcionários.

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