A juíza eleitoral de , Paulinne Simões de Souza, julgou improcedente a ação de investigação eleitoral impetrada contra o prefeito do município, Odilson Arruda (PSDB), por suposto abuso de poder em um caso de truculência policial.

A decisão foi assinada na última semana. A ação foi protocolada pelo candidato derrotado nas últimas eleições da , Josmail Rodrigues (PR), após uma confusão por causa de uma abordagem policial à sua irmã.

Em setembro de 2016, a irmã de Josmail procurou o MP-MS (Ministério Público Estadual) para contar que teria sido abordada por policiais de forma truculenta. Ela diz ter sido obrigada a ficar nua, sob acusação de esconder dinheiro para compra de votos.

“Fizeram eu descer do carro, reviraram meu carro, mexeram todos os documentos e disseram que tinha uma denúncia anônima de compra de voto. Fui obrigada a ir pra delegacia e tive que ficar nua pra mostrar que não tinha dinheiro escondido no meu corpo”, relatou Marinez Rodrigues.

A abordagem teria sido feita pelo delegado Roberto Gurgel e outros dois policiais não identificados. Na ação na , Josmail afirma que o delegado foi designado para atuar em Bonito a fim de perseguir os adversários políticos do prefeito Odilson.

Em outra abordagem questionada na Justiça, outros dois policiais civis, sem uniforme, abordaram um carro com militantes do partido de Josmail, PR, e chegaram a apontar a arma para um homem que carregava um bebê em seu colo.

Eleições “longe de serem tranquilas”

Para o (Tribunal Regional Eleitoral), a denúncia é improcedente. Segundo apurado pelo Ministério Público, o pleito municipal em Bonito “estava muito longe de ser tranquilo e pacífico”.

“A situação de animosidade entre os eleitores, cabos eleitorais e por vezes até mesmo os candidatos de partidos contrários é pública e notória, sempre havendo necessidade de requisitar reforço policial na tentativa de conter os ânimos mais exaltados”, ponderou a juíza.

Policiais ouvidos pelo Ministério Público afirmaram que o delegado Roberto Gurgel “não interferiu em momento algum de maneira irregular” nas abordagens policiais questionadas pelo candidato derrotado.

“Todos os protocolos foram seguidos de acordo com as determinações legais, não havendo qualquer irregularidade no agir do representado Roberto Gurgel”, anotou a juíza Paulline Simões.

A chapa derrotada de Josmail, da coligação “A Força que Vem do Povo”, pode ainda entrar com recurso contra o indeferimento da ação. Caso não haja recurso, a denúncia será arquivada.