Google mantém links do ‘Guardian’, mesmo após decisão da Justiça europeia

O Google reverteu nesta quinta-feira (3) sua decisão de remover vários links para notícias do jornal britânico “The Guardian”, ressaltando as dificuldade enfrentadas pelo motor de busca para implementar a regra europeia do “direito a ser esquecido”. O “The Guardian” protestou contra a remoção de suas histórias que descreviam como um árbitro de futebol mentiu…

Arquivo – 04/07/2014 – 19:51

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O Google reverteu nesta quinta-feira (3) sua decisão de remover vários links para notícias do jornal britânico “The Guardian”, ressaltando as dificuldade enfrentadas pelo motor de busca para implementar a regra europeia do “direito a ser esquecido”.

O “The Guardian” protestou contra a remoção de suas histórias que descreviam como um árbitro de futebol mentiu sobre a reversão de uma decisão nos pênaltis (reportagem do “Mail Online” sobre o mesmo assunto deixou de aparecer nos resultados de busca). Não ficou claro quem pediu ao Google para remover as reportagens.

Separadamente, o Google não “devolveu” links para um artigo da “BBC” que descrevia como o ex-presidente-executivo do Merrill Lynch, E. Stanley O’Neal, foi deposto depois que o banco de investimento acumulou bilhões de dólares em perdas.

Os incidentes sublinham a incerteza sobre a forma como o Google pretende aderir a uma decisão do tribunal europeu, que deu a seus cidadãos o “direito ao esquecimento” – para isso, os interessados devem pedir a retirada de links de artigos que aparecem em uma pesquisa por nome.

Remoção de links

O Google, que já recebeu mais de 70 mil solicitações, começou a atuar na remoção nos últimos dias. A empresa notificou a “BBC” e o “Guardian”, que, por sua vez, divulgaram essa ação do buscador.

Os incidentes sugerem que os pedidos de remoção dos links podem de fato trazer os assuntos de volta ao centro das atenções, em vez de obscurecê-los.

O objetivo do Google é proteger a confiabilidade e eficácia de seu sistema de busca. Permanece incerto como a companhia julga os pedidos ou como pretende fazê-lo daqui para frente. O Google, que controla mais de 90% das buscas online na Europa, disse que a remoção era um processo em aprendizagem.

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