Com direito a provocação e mau cheiro, briga entre vizinho e bar da Capital vai parar na justiça

Desde que o bar Maracutaia abriu na Rua 7 de setembro, quase esquina com a Rua Bahia, a família Rondon diz não ter mais sossego. Segundo o engenheiro Marco Aurélio Rondon, de 65 anos, a instalação do comércio em frente da casa dele o faz perder o sono. Além do som alto, que ele vem […]

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Desde que o bar Maracutaia abriu na Rua 7 de setembro, quase esquina com a Rua Bahia, a família Rondon diz não ter mais sossego. Segundo o engenheiro Marco Aurélio Rondon, de 65 anos, a instalação do comércio em frente da casa dele o faz perder o sono. Além do som alto, que ele vem enfrentando há tempos, e que já virou caso de Justiça, agora o mau cheiro vindo do lixo e do esgoto estão incomodando a família.

Marco Aurélio conta que o bar foi inaugurado em novembro do ano passado e que de lá para cá os problemas entre ele e o dono do bar, Marcilio Galeano, de 32 anos, chef e empresário, só aumentaram. “Não tem conversa. No dia da inauguração, que foi em uma quarta-feira, não falamos nada. Depois no sábado teve pagode com som alto o dia todo e também ficamos quietos. No outro sábado novamente, foi quando chamamos a polícia”, conta.

“Ai a polícia veio no segundo sábado e ele convocou o bar todo para nos xingar. Como conversar desse jeito?”, reclama.

Som alto

O primeiro problema, segundo Marco Aurélio, foi a altura do som. Conforme ele, como o bar tem uma cobertura metálica e as paredes nas laterais, todo o som é ‘jogado’ para a casa dele. “Fica como uma caixa acústica de 15 m de largura para 3 m de altura”, reclama. “Como dormir desse jeito”, emenda.

Na mesma moeda

Sem solução para o problema, ele passou a responder da mesma forma. O engenheiro pediu para um amigo instalar uma caixa de som gigante na frente da casa, que conforme ele, rebate o som do bar. “A caixa tem uma placa de medição que mede o volume do som do bar e manda de volta. Como a lei de ação e reação”, diz.

A medida, apesar de radical, não resolve o problema. “A caixa só ameniza, porque o som são ondas. Então vem as ondas do lado dele e as ondas do meu lado. E elas se chocam no meio do caminho”, diz.

Mas, ele quer uma solução definitiva. “O que quero mesmo é que ele cumpra a lei do silêncio, cumpra a legislação e isso acaba”, diz.

Novo problema

O problema da vez, agora, é o mau cheiro que sai da fossa em frente da casa. Marco Aurélio conta que a fossa estourou e que desde então o cheiro está insuportável. Ele diz acreditar que o excesso de gordura dos alimentos produzidos no local possam ter causado o transtorno.

A Águas Guariroba esteve no local nesta segunda-feira (30) verificando o problema e constatou que o entupimento foi ocasionado pelo excesso de lançamento de gordura na tubulação de esgoto. A Águas fez limpeza e vai encaminhar as irregularidades encontradas para a Semadur(Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano).

Fiscalização

Uma equipe da Semadur e da Vigilância Sanitária também foram ao local nesta quinta fazer fiscalização, mas como o bar estava fechado não puderam verificar as denúncias.

Outro lado

Em contrapartida, o chef Marcilio Galeano, alega que abriu o boteco há mais ou menos oito meses e desde o inicio começou a ter problemas com o vizinho. “Ele já fez várias denúncias. Temos todos os alvarás, um dos únicos da babares da cidade que não tem nada pendente. Está tudo perfeito”, pondera.

Ele conta que Marco Aurélio já o denunciou várias vezes para a vigilância sanitária e que em nenhuma das visitas foi encontrado algo irregular. “A gente coloca o lixo no final da noite. Quem tira é a Solurb. A gente só segue regras. A questão do esgoto sai da grama do vizinho. Esse problema também está afetando a gente”, questiona.

“Inclusive já conversei com o vizinho, que está em reforma, e não fica ali. Ele já ficou de resolver. Nós tínhamos fossa quando chegamos e mandamos fazer a ligação de esgoto”, diz.

Sobre o som ele critica e diz que o vizinho não rebate, como afirma. “Ele não rebate, é gravação. Virou até piada. Para gente ter o alvará ambiental foram feitas várias medições, e está tudo dentro do que foi autorizado. A briga dele é com ele mesmo. Não entendo”, conclui.

E emenda: com um mês de casa aberta tentei sentar e conversar e ele se negou. Estamos fazendo tudo que mos para amenizar. Hoje, o barulho da casa dele, acho que é maior que o nosso. Nenhum outro vizinho reclama. Quero resolver isso e parar de ter dor de cabeça. Está até cansativo.

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