Rocaro: Jornalistas fazem manifestação e cobram justiça na fronteira

Em lembrança ao aniversário de morte do jornalista Paulo Rocaro, que hoje completa um ano, o Clube de Imprensa de Ponta Porã, fez uma manifestação nesta quarta-feira (13) em frente à Delegacia do 1º Distrito da Polícia Civil. No evento foi entregue um ofício, subscrito pelo presidente da entidade, Giovane Cezar dos Santos, cobrando a elucidação do homicídio que até o momento não tem solução aparente.

O documento foi enviado ao secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso do Sul, Wantuir Jacini Brasil, com cópias ao governador do Estado, André Puccinelli, à juíza da Vara Criminal da Comarca de Ponta Porã, Patrícia Kelling Karloh e a titular da 4ª Promotoria de Justiça de Ponta Porã, Clarissa Carloto Torres, foi recebido pelo delegado substituto Edemilson José Roller.

No local, está sendo construído um monumento alusivo à morte do jornalista, emoldurado por “um grito contra a impunidade”, que busca promover a consolidação de uma imprensa efetivamente livre no Brasil e no mundo, com proteção aos profissionais de comunicação que lutam diariamente contra o crime organizado, a corrupção e as injustiças sociais.

Ainda nesta quarta-feira à noite, na Igreja Matriz São José, será celebrada uma missa pela passagem de um ano do falecimento de Paulo Rocaro.

Veja abaixo o que diz o documento:

Prezado senhor,

O Clube de Imprensa de Ponta Porã, em nome de toda a sociedade organizada da fronteira, informa que a comunidade de Ponta Porã, os profissionais de imprensa, os clubes de serviço, as associações representativas de classes e as entidades de cunho público e privado, continuam perplexos diante da insolvência que paira sobre as investigações policiais em torno do assassinato do jornalista Paulo Roberto Cardoso Rodrigues, o Paulo Rocaro, ocorrido nesta cidade em 13 de fevereiro de 2012, portanto há um ano.

Diante do exposto e, tendo em vistas as declarações feitas por V. Sria. e pelo Sr. Governador do Estado, André Puccinelli, em meados de maio de 2012, de que o crime estava na iminência de ser solucionado, vem através deste manifestar seu protesto contra a impunidade que reveste toda esta situação, onde a violência pura, bruta e injustificável fez calar, mais uma vez, um profissional de comunicação, um escritor, um membro da Academia Pontaporanense de Letras, extirpando um trabalho que combatia a corrupção, o crime organizado e as injustiças sociais.

Além disso, uma vez que o titular do 1º Distrito Policial de Ponta Porã, Dr. Clemir Vieira, antecipou recentemente à imprensa que a Polícia Civil já tem elementos suficientes para apontara autoria do homicídio, reforça, neste ensejo, que seja divulgado o mais breve possível o conteúdo do processo e os eventuais indiciados no inquérito policial.

(Com informações da Assessoria do Clube da Imprensa de Ponta Porã)