PSDB pede a demissão do ministro da Justiça
O PSDB convocou uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (26) para anunciar que está tomando providências para rebater as denúncias que envolvem dirigentes tucanos nas suspeitas de corrupção na compra e manutenção de trens em São Paulo. A primeira delas, anunciada pelo senador Aécio Neves, presidente da legenda e provável candidato do PSDB à […]
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O PSDB convocou uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (26) para anunciar que está tomando providências para rebater as denúncias que envolvem dirigentes tucanos nas suspeitas de corrupção na compra e manutenção de trens em São Paulo.
A primeira delas, anunciada pelo senador Aécio Neves, presidente da legenda e provável candidato do PSDB à presidência, foi pedir a demissão do ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
“Ele perdeu as condições de ser o coordenador dessas investigações como ministro da Justiça, pelo açodamento e omissão nesse processo. O PT faz um mal enorme para a democracia, ao fazer do poder sua razão de existir.”
Cardozo encaminhou à PF (Polícia Federal) um documento no qual o ex-diretor da multinacional alemã Siemens, Everton Rheinheimerum, cita como destinatários de propina no esquema do certel o chefe da Casa Civil do governao de São Paulo, Edson Aparecido, e o deputado federal Arnaldo Jardim (PPS).
O documento, que consta do inquérito que apura o escândalo dos trens, também cita outros políticos, como o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), como próximos do lobista Arthur Teixeira, suspeito de intermediar as propinas pagas pelas empresas do cartel. Os tucanos negam a participação em qualquer ato ilícito.
O PSDB comparara o episódio atual ao Escândalo dos Aloprados, no qual petistas tentaram, durante as eleições de 2006, comprar um dossiê que acusava membros do partido de participar da máfia dos sanguessugas. A intenção seria minar a candidatura de José Serra (PSDB) ao governo de São Paulo.
Além de encaminhar representação à Comissão de Ética Pública da Presidência da República contra Cardozo, o PSDB também tentará convocar o ministro lpara depor na Câmara e no Senado, além de entrar com uma ação no MPF (Ministério Público Federal) por improbidade administrativa.
O secretário de Energia de São Paulo, José Aníbal, também citado na denúncia feita por Rheinheimerum, acusou o ministro da Justiça de usar politicamente o processo de investigações sobre o cartel.
“[Tudo isso tem o objetivo] para tentar aquilo que é o cerne da ação petista, que é a alucinada com relação ao poder, que é jogar lama, jogar mentira, jogar podridão em cima dos adversários. Ou a presidente [Dilma Rousseff] demite o ministro, ou ela é cúmplice desse Dossiê Aloprado 2.”
Para Aníbal, o ministro da Justiça atuou como um “operador partidário”.
“Ele deixou de ter a postura do magistrado, do ministro que tem preferência sobre todos os demais, que é o ministro da Justiça, e passou a agir como um operador do submundo, que o PT faz com muita freqüência.”
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