‘Não quero justiça com as próprias mãos’, diz pai de criança morta por motociclista
O menino de três anos estava brincando com o pai quando foi atingido por uma moto sem placas. O motociclista, que fazia manobras na rua e estava em alta velocidade, fugiu sem prestar socorro.
Arquivo –
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O menino de três anos estava brincando com o pai quando foi atingido por uma moto sem placas. O motociclista, que fazia manobras na rua e estava em alta velocidade, fugiu sem prestar socorro.
“Não quero fazer justiça com as próprias mãos, só queremos que ele seja preso”, diz Ediney Ferreira de Souza, 34, pai de João Carlos de Souza, de 3 anos, morto atropelado na tarde do último domingo (3), enquanto brincava próximo ao meio fio, na frente de casa na rua Mãe Menininha, no conjunto Tarsila do Amaral, em Campo Grande.
João estava ao lado do meio fio, com uma pipa na mão, e o pai com a linha, momento em que iria erguê-la. O autor então, numa moto Honda CG Titan verde sem placa, e de aro esportivo preto que empinava no momento, atropelou o menino.
Quando o pneu atingiu o chão o então foragido perdeu o controle da motocicleta e atingiu a criança. João foi arremessado a uns 5 metros, e posteriormente caiu e bateu com a cabeça ao solo. Ediney contou que ainda tentou correr atrás do mesmo, não conseguiu alcançá-lo, voltou pegou sua moto, mas não o encontrou.
A rua Mãe Menininha é propícia, para o condutor desenvolver alta velocidade, já que se trata de uma via extensa. “Tinha que ter um quebra- molas aqui, não tem sinalização nenhuma”.
João chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), porém não resistiu aos ferimentos.
“No domingo de manhã, eu fui com meu filho lá no campo, estava tendo um campeonato. De tarde, parecia que ele estava se despedindo, ele tava sentado no meu colo, me deu um beijo, sentou no colo da mãe disse eu te amo, deu um beijo nela e foi para o colo da avó, depois disso ele pediu pra eu pegar a pipa dele”, lembra o pai, emocionado. Quem também sente muita falta, é a irmã de 5 anos, diz Edney.
O autor chegou a ser visto posteriormente na região. Segundo moradores do bairro, ao chegarem perto dele, o criminoso chegou a fazer menção de estar armado, colocando a mão na cintura embaixo da camiseta. Depois disso, ele não foi mais visto.
“Estamos buscando força em Deus, eu só durmo na base do calmante. Também fico preocupado com a minha esposa, ela tem diabetes, pressão alta”, conta.
Investigações
De acordo com o delegado Weber Luciano de Medeiros, 2ª DP de Campo Grande, algumas pessoas já ligaram na delegacia, informando quem é o autor. Imagens de câmeras, onde o motociclista (até o momento ainda não foi identificado) possa ter passado, também está sendo analisado.. “Estamos nas buscas incessantemente”, diz o delegado. Quem tiver alguma informação, pode entrar em contato no 3356-5351.
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