A Justiça negou pedido de liberdade provisória aos três torcedores do Vasco que foram presos em flagrante por tentativa de homicídio e outros crimes, na briga entre as torcidas vascaína e do Atlético-PR, na Arena Joinville, no último dia 8. Na sentença publicada nesta terça-feira, a juíza Karen Francis Schubert Reimer justificou que a detenção dos torcedores é necessária para manter a ordem pública e evitar a continuidade deste tipo de violência. Os crimes cometidos foram classificados pela magistrada como “hediondos” e de “extrema gravidade”, mediante a “grave violência à pessoa”.

“Ao menos por ora, é conveniente a segregação dos acusados para manutenção da ordem pública, para que se afaste da sociedade pessoas que fazem do crime seu meio de vida e para que se evite que a soltura dos acusados sirva de estímulo para que persistam em práticas ilícitas”, disse a juíza.

Arthur Barcelos Lima Ferreira, Jonathan Fernandes dos Santos e Leone Mendes da Silva participaram da briga generalizada entre vascaínos e atleticanos. Os torcedores do clube carioca foram flagrados por imagens agredindo adeptos do Atlético-PR. O confronto deixou um saldo de quatro torcedores hospitalizados – um deles, que sofreu fratura no crânio, só recebeu alta na última sexta-feira.

Um dia após a briga, a Justiça determinou a prisão preventiva dos suspeitos. Com base em imagens e depoimentos, a Polícia Civil solicitou o indiciamento dos vascaínos por tentativa de homicídio, dano ao patrimônio, associação criminosa e crimes previstos no Estatuto do Torcedor.

Na terça-feira passada (10), os três presos foram transferidos do Presídio Regional de Joinville para a Penitenciária Agrícola da cidade catarinense. Um segundo inquérito aberto pela Polícia Civil de Santa Catarina tenta identificar outros torcedores envolvidos no confronto, apurar as responsabilidades de clubes e entidades envolvidos na partida e detalhes sobre o aluguel e a segurança do estádio. A polícia já teria identificado cerca de 40 outros torcedores envolvidos.