Justiça determina retirada de famílias em área invadida da prefeitura
Segundo a assessoria do município, as famílias, uma há 32 anos no local, ocupavam um terreno da prefeitura e foram notificadas com antecedência sobre a necessidade de desapropriação da área.
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Segundo a assessoria do município, as famílias, uma há 32 anos no local, ocupavam um terreno da prefeitura e foram notificadas com antecedência sobre a necessidade de desapropriação da área.
Duas famílias moradoras de uma área da prefeitura no bairro Santa Emília foram retiradas do local nesta quarta-feira (20). Uma delas mora na região há 32 anos e a outra há 19.
De acordo com o Oficial de Justiça, a ordem de desapropriação que foi assinada pelo juiz da 1ª Vara de Fazenda Pública e de Registros de Campo Grande, Nélio Stábile, é de conhecimento dos moradores desde o dia 22 de janeiro deste ano.
No início da tarde, funcionários da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) começaram a retirar os móveis da casa de Maria Inês dos Santos Castro, de 37 anos.
Ela está grávida e deve ter o bebê no fim deste mês. “Eu sabia do desapropriação, mas a Ehma prometeu uma casa para gente deixar essa aqui, por isso não saímos antes”. Sem ter para onde ir, o presidente do bairro deixou a grávida, o marido e os três filhos pequenos ocuparem a sede do centro comunitário.
Cintia Fernanda Santana de Miranda, de 26 anos, também se revolta com a promessa não cumprida. “Sempre fomos muito bem tratados na Ehma, mas nos prometeram que a gente não saía daqui sem uma casa para onde ir. Agora, dizem para gente que não tem casa construída para ocupar”.
Na mudança, feita às pressas, muitos móveis foram perdidos. “Acabaram com o meu guarda-roupa, estão com pressa de tirar tudo logo e derrubar a casa. Não sei onde eu, meu marido e meu filho de quatro anos vão dormir hoje. Metade dos móveis vou deixar na casa da minha mãe e outra na minha sogra”.
O Oficial de Justiça esclareceu que estava esperando apoio da prefeitura para cumprir a ordem. Funcionários da Semadur, policiais militares do 1° Batalhão e Guardas Municipais estiveram no local para dar apoio.
As duas casas do terreno foram destruídas por uma pá carregadeira. Segundo a assessoria de comunicação da prefeitura de Campo Grande, as famílias foram notificadas com antecedência para retirada dos móveis e a SAS (Secretaria de Assistência Social) está à disposição para auxiliar as famílias.
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