Audiência na Justiça Federal determina divisão de propriedade entre índios e produtor rural

A Justiça Federal em decisão proferida na tarde desta quarta-feira determinou que a Chácara Boa Esperança, localizada em Miranda será concedida em 5 hectares a indígenas que já ocupam o local. O dono da propriedade ficará com os outros seis hectares, incluindo o terreno em que fica a sede. A ocupação ocorre desde outubro deste […]

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A Justiça Federal em decisão proferida na tarde desta quarta-feira determinou que a Chácara Boa Esperança, localizada em Miranda será concedida em 5 hectares a indígenas que já ocupam o local. O dono da propriedade ficará com os outros seis hectares, incluindo o terreno em que fica a sede.

A ocupação ocorre desde outubro deste ano e na chácara várias famílias terena realizam o plantio de feijão e milho segundo o advogado dos índios, Luis Henrique Eloy. O pedido de reintegração de posse foi decidido em uma audiência que não contou com a presença de representantes da Funai (Fundação Nacional do Índio), o que gerou reclamações.

“Os índios não querem conflito, só fizeram questão dessa ocupação pois estão confinados em uma área de 45 hectares, que é a Aldeia Moreia, onde vivem 2400 pessoas. Gostaríamos de que a Funai estivesse presente nessa audiência porém iremos procurar a entidade para conversar”, afirmou uma liderança indígena presente, Paulinho Terena.

A chácara Boa Esperança fica localizada no Km 559 da BR 262, em Miranda, distante 202 quilômetros de Campo Grande. No local, funciona a empresa Trator Mil,  propriedade de Ernesto Milani. De acordo com o empresário, a ocupação foi pacífica e os índios não agiram de forma agressiva.

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