Advogado diz que denúncia do STJD contra Cruzeiro é por briga fora do estádio
O advogado Carlos Portinho confia na absolvição do Cruzeiro, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na próxima segunda-feira, pelos confrontos entre duas torcidas organizadas durante e depois do jogo contra o Bahia, na penúltima rodada, quando a equipe mineira perdeu, por 2 a1. O defensor cruzeirense justifica seu otimismo no fato […]
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O advogado Carlos Portinho confia na absolvição do Cruzeiro, que será julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), na próxima segunda-feira, pelos confrontos entre duas torcidas organizadas durante e depois do jogo contra o Bahia, na penúltima rodada, quando a equipe mineira perdeu, por 2 a1. O defensor cruzeirense justifica seu otimismo no fato de as denúncias com provas de vídeo serem baseadas nos confrontos fora do estádio.
“Em relação ao julgamento dessa segunda-feira a denúncia, e as imagens de vídeo se baseiam nisso, houve um conflito de maior proporção fora do estádio. E nós tivemos dentro do Campeonato Brasileiro, lá em Brasília, um conflito até em proporções maiores e não houve denúncias. E me lembro até que o procurador disse ao presidente do Corinthians que fora do estádio não tinha responsabilidade desportiva”, afirmou Carlos Portinho, em entrevista à Rádio Globo Minas.
Ele acredita que o clube pode ser absolvido da perda de mando de campos por se tratar de uma pena desportiva e de que o confronto fora do estádio não se enquadraria nesse aspecto. “O Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), no artigo 213, fala de conflitos e desordem dentro da praça esportiva. Vamos ver se o tribunal vai estender a responsabilidade para fora do estádio, ou se vai limitar para dentro do estádio”, explicou.
Para Carlos Portinho, dentro do estádio não houve nenhum acontecimento mais grave que caberia denúncia e, em uma briga envolvendo poucos torcedores, ele destacou a agilidade da polícia para conter a confusão. “O que o código exige é que haja repressão imediata, isso foi rapidamente controlado que nem na súmula foi relatada a existência de algum confronto”, disse.
O argumento do advogado é de que o clube só poderia ser encarregado de alguma responsabilidade civil pelos acontecimentos fora do Mineirão, junto com as outras instituições como a CBF, a Polícia, entre outros. Apesar de defender a absolvição do Cruzeiro, ele criticou o comportamento dos torcedores e teme que o clube tenha uma punição severa caso seja condenado.
“A torcida do Cruzeiro tem que se conscientizar que está jogando contra o clube. Porque se existir alguma pena vai ser majorada em razão dessas reincidências. Acho lamentável que parte da torcida do Cruzeiro tenha insistido nesses conflitos em dias de jogos do time. O prejudicado, além do time, é a própria torcida”, concluiu.
Neste ano o Cruzeiro será julgado pelo comportamento dos torcedores pela segunda vez. O clube já foi punido com a perda de dois mando de campos por conta de uma briga entre duas organizadas no clássico contra o Atlético-MG. O clube já cumpriu um jogo contra a Ponte Preta, em Uberlândia, e vai ter que estrear no Brasileirão fora de casa.
TAPETÃO
– PORTUGUESA PODE PERDER 4 PONTOS: O meia Héverton foi punido pelo STJD com dois jogos de suspensão, cumpriu apenas um e entrou em campo contra o Grêmio pela última rodada do Brasileirão. A Lusa alega que só tinha conhecimento da suspensão de um jogo para o armador.
– FLAMENGO PODE PERDER 4 PONTOS: O lateral André Santos deveria cumprir um jogo de gancho por conta da expulsão na final da Copa do Brasil. Ele ficou fora do jogo contra o Vitória, antes do clube ser notificado oficialmente da suspensão. Mesmo após o clube ser avisado pelo STJD, ele entrou em campo normalmente contra o Cruzeiro.
– VASCO PODE TOMAR 3 PONTOS DO ATLÉTICO-PR: O Atlético-PR ganhou do Vasco por 5 a 1, mas a partida precisou ser interrompida por 73 minutos por conta de uma briga de torcedores. Como o regulamento da CBF prevê paralisação de apenas 60 minutos em um jogo, a equipe carioca quer ser declarada vencedora nos tribunais.
– CRUZEIRO PODE PERDER 3 PONTOS: O campeão brasileiro levou para o banco de reservas contra o Vasco o goleiro Elisson, que não teria um contrato vigente com a equipe mineira.
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