Rebaixado, Operário promete ir à justiça contra irregularidades em outros times
O Operário Futebol Clube acusa outros times de irregularidades na documentação e pretende ativar o Tribunal de Justiça Desportiva e o Ministério Público Estadual para garantir a permanência do clube na elite do campeonato sul-mato-grossense.
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O Operário Futebol Clube acusa outros times de irregularidades na documentação e pretende ativar o Tribunal de Justiça Desportiva e o Ministério Público Estadual para garantir a permanência do clube na elite do campeonato sul-mato-grossense.
Rebaixado novamente para a segunda divisão do Campeonato Estadual de Futebol, o Operário Futebol Clube promete acionar o TJD (Tribunal de Justiça Desportiva) e o MPE (Ministério Público Estadual) para garantir a permanência do clube na divisão de elite do torneio sul-mato-grossense.
A informação foi passada pelo presidente do clube, Tony Vieira. Segundo ele, o time sofre ‘perseguição’ dentro da própria Federação de Futebol. O primeiro rebaixamento do time foi em 2009.
“É assim desde 2006. Ele quer fazer as coisas do jeito dele. A Federação não tem diretoria, só tem ele. O resto é ‘capacho’. Não cumpre nem estatuto”, acusa o dirigente, sem citar nomes.
No último dia 16, o clube foi punido pela Federação por utilizar um atleta irregularmente e perdeu 6 pontos. Caso a pena seja revertida pelo TJD, o Galo sobe na classificação e ainda tem chances, mesmo que remotas, de escapar do descenso.
Além disso, para garantir vaga na série A do ano que vem, Tony disse que acionará o Aquidauanense, que, segundo ele, “tem estatuto de escolinha de base, não é profissional”, e o MS Saad, pois “o time não existe”, referindo-se a supostas irregularidades na documentação do clube, já noticiadas no Midiamax em fevereiro deste ano.
Na ocasião, o Saad teria usado o CNPJ de outra empresa para contratar um atleta em 2008. Em contrato de trabalho válido até 2009, o clube informou à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) um número de registro que na verdade pertence ao Clube Atlético Kapital – que encerrou as atividades desde 2005.
Já o presidente do MS Saad, Romeu Carvalho de Castro, rebate as acusações e afirma que o CNPJ do clube é o mesmo há 50 anos, desde sua fundação, e que as informações do presidente Tony Vieira são ‘falsas e infundadas’.
“Isso demonstra só o desespero de um presidente de clube que não soube preparar seu time, e agora quer prejudicar o trabalho de quem faz bem, como nós e o Aquidauanense. Infelizmente, atitudes como esta de um presidente mancham a história bela e grande do Operário”, alfineta Romeu.
Em fevereiro, mediante consulta à base de dados da entidade máxima do futebol brasileiro, constatou-se que o MS Saad estava registrado e continua ativo, mas com o CNPJ que pertencia, na verdade ao Kapital, segundo a Receita Federal.
Romeu informou ainda que o CNPJ do MS Saad é 44.395.911/0001-30.
A reportagem tentou contato com o presidente do Aquidauanense, João Garcia, porém sem sucesso.
Caso o ‘tapetão’ tenha efeito, as equipes perderiam os pontos conquistados no torneio, mantendo o Galo na primeira divisão.
Em 2009, Operário havia tentado ‘tapetão’
Há dois anos, quando foi rebaixado pela primeira vez, o Operário tentou, através da justiça, se manter na divisão de elite do Estadual. Na ocasião, o clube alegou que o Rio Verde, penúltimo colocado do torneio, teria colocado em campo atletas irregulares com o terceiro cartão amarelo. A justiça deu ganho de causa ao time do norte e o Galo teve que disputar a segunda divisão em 2010.
Na ocasião, o Galo também era comandado pelo técnico pelo técnico Rudinei Lucas, o mesmo que dirigiu a equipe durante boa parte do torneio este ano, mas deixou o cargo para o atacante Marco Antônio há poucas rodadas do fim.
Campanha
Restando ainda dois jogos para o final do returno, o Operário mostrou a mesma fragilidade de dois anos antes. Em meio ao clima de tensão vivido entre diretoria e torcida, a equipe conseguiu até o momento apenas duas vitórias no torneio. Foram nove derrotas em 12 jogos disputados. Ontem, no jogo que selou a queda, perdeu por 4 a 0 para o Aquidauanense.
A defesa, segunda pior do campeonato, levou 34 gols, enquanto o ataque não funcionou e marcou apenas 15. O time é hoje o lanterna da competição com apenas um ponto conquistado.
O Operário volta a campo no próximo domingo (22). A equipe recebe o Maracaju no estádio Jacques da Luz, em Campo Grande e, na última rodada, dia 29, enfrenta o MS Saad no mesmo local. (Material editada às 12h20 para correção de informações)
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