Pais de Brunão, Paulinho e Bruna, mortos pela violência na Capital, vão às ruas pedir justiça e paz

Bruna, 15 anos de idade, foi morta a tiro por uma colega de sala de aula; Brunão, numa briga em boate e Paulinho morreu durante um assalto.

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Bruna, 15 anos de idade, foi morta a tiro por uma colega de sala de aula; Brunão, numa briga em boate e Paulinho morreu durante um assalto.

Familiares de três jovens vítimas da violência em Campo Grande realizaram na tarde deste sábado (28) um manifesto pela paz. Dezenas de pessoas tomaram conta das ruas da Comunidade São Benedito, região norte da Capital, para cobrar justiça e prestar solidariedade aos que sofrem pela perda.

“Quando os pais do Bruno me viram na TV, não imaginavam que fariam parte dessa estatística”, comentou Maria Aparecida dos Santos, mãe do jovem Paulo Henrique Rodrigues, o Paulinho, que morreu baleado após um assalto no dia 17 de fevereiro de 2010.

“Os advogados dos jovens envolvidos na morte do meu filho sempre pedem liberdade. Tenho medo que eles sejam soltos”, acrescentou.

O caso ganhou grande exposição na mídia campo-grandense, assim como a morte do segurança Jeferson Bruno Escobar, de 23 anos, morto após um desentendimento na porta de uma boate em março, e de Bruna Caroline Pereira da Silva, de 15 anos, morta a tiros no dia 27 de janeiro no cruzamento das ruas Iriá e Bartira, perto da comunidade São Benedito.

“A menina que matou minha filha está solta, como se nada tivesse acontecido. As duas nem eram conhecidas, apenas estudaram juntas em 2004”, lamentou Eliane Aparecida da Silva, mãe de Bruna.

Daniela Araújo Neri, de 19 anos, apontada como autora dos disparos, responde o processo em liberdade.

A manifestação percorreu diversas ruas do bairro. Com diversas faixas de protesto, as pessoas cobram justiça em ambos os casos e não querem que a mídia deixe cair no esquecimento.

O caso mais recente de grande repercussão foi a morte do segurança Brunão. Christiano Luna de Almeida, de 23 anos, foi solto recentemente e também responde em liberdade.

O pai da vítima revelou que pretende criar uma ONG (Organização Não-governamental) para dar assistência jurídica e psicológica aos familiares das vítimas da violência em Campo Grande. A ONG deverá se chamar “Fundação Bruno Escobar”.

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