Relator do processo acha que o prefeito afastado de Dourados, preso por corrupção, poderia provocar “instabilidade social” na cidade

Por unanimidade, a Seção Criminal do TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) decidiu manter preso o prefeito afastado de Dourados, Ari Artuzi.

Os magistrados levaram pouco menos de meio hora para julgar o recurso do prefeito, detido no dia 1º do mês passado, durante a Uragano, operação da Polícia Federal que pôs na cadeia além de Artuzi, o vice-prefeito e 9 dos 12 vereadores da cidade. Os implicados, segundo a PF, fraudavam licitações públicas e, com isso, arrecadavam perto de meio milhão por mês.

O relator do processo, o desembargador Manoel Mendes Carli, disse em seu voto que o prefeito solto poderia provocar uma “instabilidade social” na cidade. O magistrado alegou ainda que Artuzi já havia sido indiciado, condição que prejudicou sua liberdade.

Noutra operação, a Owari, imposta em junho do ano passado, o prefeito é citado também como suposto integrante de quadrilha que fraudava licitações.

Ari Artuzi está detido por força de um mandado de prisão preventiva. Além dele, permanecem na prisão o vice-prefeito e quatro vereadores, cujos recursos que pedem a liberdade deles devem ser examinados pelo TJ-MS na quinta-feira que vem.

Hoje pela manhã, o advogado que defende Artuzi, Carlos Marques estava confiante na liberdade do prefeito (saiba mais em notícias relacionadas, logo abaixo).