STJ começa a julgar fim da patente do Viagra
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou hoje (24) o julgamento de um processo que pode resultar no fim da patente do Viagra, medicamento usado para tratar a disfunção erétil. Se a Corte aceitar o recurso do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), o prazo de proteção termina em junho, o que abre caminho para […]
Arquivo –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) iniciou hoje (24) o julgamento de um processo que pode resultar no fim da patente do Viagra, medicamento usado para tratar a disfunção erétil. Se a Corte aceitar o recurso do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), o prazo de proteção termina em junho, o que abre caminho para a produção do genérico do medicamento.
O Inpi e a empresa Pfizer, fabricante do produto, travam na Justiça uma disputa que envolve o prazo de vigência da patente. A empresa prorrogou a proteção até 7 de junho de 2011, mas o Inpi entende que o prazo se esgota em 20 de junho de 2010, data do primeiro depósito no exterior.
Além do relator do recurso, ministro João Otávio de Noronha, e mais dois ministros da 2ª Seção do STJ aceitaram este argumento, mas o julgamento foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luis Felipe Salomão. Faltam, ainda, os votos de seis ministros.
Segundo o Inpi, a Lei de Propriedade Intelectual, em vigor desde 1996, criou o mecanismo pipeline para proteger as invenções das áreas farmacêutica e química que não poderiam ser patenteadas até 1996. Nestes casos, após o pedido feito pelo laboratório, o Inpi concedeu a patente obedecendo o prazo remanescente da data em que foi realizado o primeiro depósito no exterior. Há situações, no entanto, em que o primeiro pedido de patente é abandonado e outros são feitos, posteriormente.
Escolhida pela Advocacia-Geral da União para defender o fim da proteção ao Viagra, a procuradora Indira Quaresma lançou mão de números para convencer os ministros. Segundo ela, quando uma patente expira, o preço do medicamento pode cair entre 35% e 50%. “O custo do privilégio de uma patente é particularmente cruel”, disse, acrescentando que hoje, no Brasil, Viagra vende mais que Tylenol, usado contra febre e dor.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, em 2009, foram vendidas 2 milhões de caixas de Viagra, um custo de R$ 170 milhões. “O que estamos combatendo é o abuso do direito à patente e não o sistema de patente. Falar em patente é falar em monopólio legal”, disse o procurador Mauro Maia.
Em defesa da Pfizer, o advogado Fernando Neves sustentou que a proteção econômica deve incentivar a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico. “Alguém imagina que, ao se diminuir este prazo, não haverá lucro para quem produzir genérico? O lucro será transferido para empresas que estão dispostas a copiar”, afirmou.
Notícias mais lidas agora
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
- VÍDEO: Menino fica ‘preso’ em máquina de pelúcia durante brincadeira em MS
- VÍDEO: Honda Civic invade calçada e bate em poste na Avenida Bandeirantes
- Ação contra roubo de cargas prende um no Jardim Aeroporto em Campo Grande
Últimas Notícias
Agora: Carreta atropela ciclista em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
Ainda não há detalhes da dinâmica do acidente, nem estado de saúde da vítima.
Lula permanece com dreno na cabeça, mas está “lúcido, orientado e conversando”, diz boletim médico
Lula continua em tratamento intensivo no Hospital Sírio Libanês, em São Paulo
Plano vaza e polícia impede fuga em massa planejada pelo PCC em penitenciária paraguaia
Policiais e agentes militares entraram na Penitenciária Regional de Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu, no Paraná, conseguiram impedir uma fuga em massa na manhã desta quarta-feira (11). O plano foi arquitetado por faccionados do PCC (Primeiro Comando da Capital). Com base em investigações, uma inspeção feita com o apoio da Polícia…
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.