Criança sentiu-se mal e foi levada pela mãe, a manicure Maria Esmeralda (foto ao lado) para o Posto de Saúde, que não teria diagnosticado a doença; depois, ela seguiu para o hospital, porém faleceu no domingo

A manicure Maria Esmeralda, 47, mãe da estudante Maíra Oliveira, 9, morta ontem vítima de meningite, disse na manhã desta segunda-feira, que vai mover uma ação judicial contra o posto de saúde da Coophavila e do Hospital Regional, de Campo Grande. Ela acha que as duas unidades de saúde demoraram em diagnosticar a doença da criança, motivo pela qual a filha teria morrido.

Maíra deu entrada no hospital no dia 27 e, desde então, era mantida isolada, em coma irreversível. Ela morreu ontem de manhã e o corpo seria sepultado nesta segunda-feira, no cemitério Memorial Park.

Maria Esmeralda disse que a filha havia sido contaminada pela doença quando tinha quatro anos idade, em 2005. De lá para cá, segundo ela, a menina tem sido vacinada regularmente.

No dia 27, a criança sentiu-se mal e ela a filha foram até o posto de saúde. A manicure disse ter levado uma bronca do médico ao questioná-lo se a menina não havia sido afetada de novo pela meningite viral. O plantonista disse que não e medicou a menina com dipirona e soro.

Dali, mãe e filha seguiram para o bairro Parque Lageado, onde moram. Mas os sintomas da doença, febre alta entre as quais, seguiram incomodando a criança, que logo foi levada para o Hospital Regional.

Isso aconteceu, segundo a mãe, no início da tarde. Por volta das 17 horas daquele dia, a criança foi levada para o CTI (Centro de Tratamento Intensivo) e fora mantida isolada. A mãe retornou para a casa e, noutro dia, soube que a filha já estava em “coma profundo”, segundo ela.

A manicure disse estar “desolada e sem compreender” por que motivo, até agora, ela não recebeu nenhum documento do hospital indicando que a filha havia contraído meningite.

Ela informou ainda que no dia 5, sexta-feira desta semana, pega o atestado de óbito e, dali em diante, vai preparar a ação judicial contra as unidades de saúde.

Ontem pela manhã, Maria Esmeralda desmaiou ao saber da morte da menina que cursava o 4º ano do Ensino Fundamental e já sonhava com a carreira de modelo.

O filho Mairo Ortiz, 29, a levou até o Hospital Universitário, mas na recepção soube que lá não havia atendimento.

O rapaz brigou com um policial militar e quebrou uma grade do hospital. Dali, ele seguiu para o hospital do Pênfico, onde mãe recebera cuidados médicos após pagar R$ 260.

Tanto o hospital quanto o posto de saúde ainda não se manifestaram sobre o epísódio. 

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