Índios vão à Justiça Federal e anunciam permanência em área de Pedrossian

Audiência em Campo Grande terminou sem acordo e juiz da 4ª Vara Federal Pedro Pereira dos Santos afirma que área terá que ser desocupada

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Audiência em Campo Grande terminou sem acordo e juiz da 4ª Vara Federal Pedro Pereira dos Santos afirma que área terá que ser desocupada

Em audiência na Justiça Federal na tarde de hoje, representantes dos índios terenas que ocupam duas fazendas da família Pedrossian em Miranda, disseram que não irão deixar área. Segundo o juiz da 4ª Vara Federal Pedro Pereira dos Santos participaram da audiência representantes do MPE (Ministério Público Estadual), Funai (Fundação Nacional do Índio), indígenas e advogado da família Pedrossian.

Conforme o magistrado, a audiência foi realizada para resolver o impasse que dura desde o ano passado, e para cumprir a decisão do ex-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, que concedeu liminar de reintegração de posse para os proprietários das duas fazendas. “A intenção é resolver essa situação pacificamente, porém os índios informam que não sairão da área”, informou o juiz.

O juiz não mencionou quando a reintegração de posse será cumprida pela polícia federal.

Há 6 meses os indígenas ocupam as fazendas São Pedro do Paratudal e Petrópolis de propriedade de Pedro Pedrossian e de Regina Pedrossian, respectivamente, que foram consideradas, por estudos da Funai (Fundação Nacional do Índio), terras tradicionalmente indígenas e parte da área da Reserva “Cachoeirinha” em 2003. No local, eles já cultivam uma plantação de mandioca, segundo informou o magistrado.

A Fazenda Petrópolis tem 2,3 mil hectares, os indígenas reivindicam 1,2 mil. Já a São Pedro Paratudal tem 670 hectares e é totalmente reivindicada para compor a Cachoeirinha.

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