Afundado em dívidas, Operário perde até a marca na justiça trabalhista

Ex-atleta do time ganhou na justiça trabalhista o direito de explorar comercialmente o nome do clube e, de quebra, irá herdar o CNPJ da associação

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Ex-atleta do time ganhou na justiça trabalhista o direito de explorar comercialmente o nome do clube e, de quebra, irá herdar o CNPJ da associação

Operário Futebol Clube: 72 anos de história nas mãos de um ex-jogador. O zagueiro Celso Elias Zottino, campeão brasileiro do Módulo Branco em 1987 pelo Galo, é o novo detentor da marca. O ex-atleta ganhou na justiça trabalhista o direito de explorar comercialmente o nome do clube, e de quebra irá herdar o CNPJ da associação.

O caso teve início quando Celso acionou judicialmente o Operário por uma dívida de cerca de R$ 13 mil. Este ano, depois de seis meses e várias audiências na 3ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho, o juiz concedeu ganho de causa ao capitão do título da Copa União. No entendimento do magistrado, o Operário não tinha condições de honrar a dívida com o ex-jogador, já que o clube não possui mais sede própria nem estádio, além de estar afundado em dívidas que podem chegar a R$ 5 milhões.

O presidente da Torcida Garra Operariana, Américo Ferreira, disse que Celso é considerado um dos ídolos do clube, e recebe muito carinho dos torcedores. Ele espera que o ex-zagueiro aprenda com os erros das administrações passadas e ajude a reerguer o clube mais antigo em atividade de Campo Grande.

Outro lado

Por meio da assessoria de imprensa, o presidente do clube Toni Vieira informou que a diretoria não teve conhecimento do caso, uma vez que as notificações da justiça trabalhista eram entregues no antigo endereço do Operário. Um advogado assumiu a defesa do Galo para estudar quais estratégias serão tomadas de agora em diante.

O presidente explicou que não há registro deste processo nos anais do clube, e que o caso tramita no judiciário desde 1994, quando o atual presidente da Federação de Futebol (FFMS), Francisco Cezário, era membro da diretoria. Toni Vieira informou ainda que a notificação da decisão judicial foi feita à FFMS, e não ao clube, e que este fato será questionado pela atual diretoria. (Editado às 15 horas para acréscimo de informação)

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