Mais um policial será julgado hoje pelo massacre de do Carajás, no Pará, que causou a morte de 19 sem-terra em abril de 1996. O Ministério Público vai pedir pena máxima por homicídio qualificado para o major José Maria de Oliveira. Já o advogado de defesa vai alegar que a tropa comandada pelo major chegou ao local do confronto quando as mortes já tinham ocorrido.
Na semana passada, o coronel Mário Pantoja, que comandava 89 policiais militares foi condenado a 228 anos de prisão. A defesa já entrou com recurso. Em 1999, o coronel Pantoja e o major Oliveira foram levados juntos a julgamento, mas devido a troca de acusações a Justiça do Pará anulou o processo.
Um dos principais trunfos dos promotores para condenar o major Oliveira é o depoimento do cinegrafista Raimundo Osvaldo Araújo, autor das imagens do confronto. No julgamento do coronel Pantoja, ele afirmou que os sem-terra foram encurralados pelas duas tropas.
Outro comandante de tropa de Marabá, capitão Raimundo Almendra Lameira, foi absolvido pelo júri. O Ministério Público entrou com recurso para anular o julgamento. No próximo dia 27 serão julgados 17 policiais militares – 12 sargentos, 4 tenentes e um cabo – e no dia 10 de junho 129 PMs vão a julgamento. As informações são da Folha Online.