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Política

Vereadores de Campo Grande querem debater reajuste da tarifa proposto pelo Consórcio Guaicurus

Os vereadores de Campo Grande querem debater o reajuste da tarifa proposto pelo novo chefe do Consórcio Guaicurus, Themis Oliveira, que afirmou, nesta terça-feira (7), que o aumento vai acontecer. O presidente eleito da Mesa Diretora da Câmara Municipal, Papy (PSDB), afirmou que se reunirá com Oliveira para debater o assunto. “Preciso de uma agenda … Continued
Schimene Weber -
Câmara de Vereadores de Campo Grande. Imagem ilustrativa. (Divulgação CMCG)

Os vereadores de querem debater o reajuste da tarifa proposto pelo novo chefe do Consórcio Guaicurus, Themis Oliveira, que afirmou, nesta terça-feira (7), que o aumento vai acontecer.

O presidente eleito da Mesa Diretora da Câmara Municipal, Papy (), afirmou que se reunirá com Oliveira para debater o assunto. “Preciso de uma agenda com o Themis. Vou reunir alguns vereadores aqui, principalmente esses que estão em Campo Grande, que fazem parte da Comissão de Recesso da Casa, para debater com ele. Estou junto com a população nessa. Acho que o aumento é em relação ao Consórcio e ele precisa ser debatido mais amplamente”, explicou à reportagem do Jornal Midiamax.

O vereador Prof. Riverton (PP) relembrou que o contrato com o Consórcio Guaicurus é de responsabilidade da Prefeitura Municipal. “É importante a gente dar só uma relembrada que esse é um contrato que é firmado com o Executivo. Ele sempre vem para a Casa depois de pactuado, então, é importante a Câmara estar junto, principalmente, da construção desses contratos. Eu acho que o Consórcio, principalmente, tem que cuidar da questão da qualidade. Tá entregando aquilo que foi pactuado com a população? Eu acho que isso é o mais importante. Nós sempre vamos nos posicionar do lado da população campo-grandense, sempre agindo com responsabilidade”, ressaltou.

Beto Avelar (PP) disse que o Consórcio Guaicurus “penaliza” o usuário. “Sou contra esse reajuste porque esse valor beneficia somente o consórcio e não há direcionamento para a população ou investimentos em melhorias, há anos, que os usuários de transporte coletivo percebam. No meu modo de ver, essa é a pior herança deixada para a gestão da prefeita e ainda é um dos principais problemas para a nossa Capital” explicou.

Em seu primeiro mandato, o vereador Flávio Cabo Almi (PSDB) disse que o aumento tarifário acompanha outros aumentos que são perceptíveis pelos brasileiros, entretanto, a qualidade do serviço não justifica qualquer alteração nos valores atuais. “Por que que vai aumentar? Subiu o Diesel, ok. O Consórcio atendeu com o combinado da concessão, de entregar o que foi combinado dentro do contrato? Se isso foi cumprido, é um ponto. Se não foi cumprido, a gente já tem uma carta na manga para discordar desse aumento, né?”, resumiu.

Ronilço Guerreiro (Pode) foi direto ao informar que a discussão ainda não chegou na Casa, mas que é um tópico importante a ser debatido. “Essa discussão não chegou na Câmara, mas tenha a certeza de que queremos ver essa planilha e, principalmente, a melhoria no transporte coletivo. O usuário precisa de qualidade, pontualidade. Exemplo é esse calor, como pode nossos ônibus não ter ar-condicionado? Vamos discutir melhorias e que o contrato seja cumprido. Temos que renovar essa frota”, disse ao Jornal Midiamax.

O vereador Rafael Tavares (PL), que está em seu primeiro mandato, culpou a economia. “Não existe mágica na economia, a gasolina fica mais cara, o pneu fica mais caro, as peças ficam mais caras, é ilusão achar que tudo vai subir, menos a passagem de ônibus. Aí vem o populismo com isenção fiscal ou subsídio, que serve pra enganar o povo, diluindo o aumento para toda população pagar através do imposto”, sintetizou.

Maicon Nogueira (PP) explicou que, apesar de ainda não ter tido oportunidade para debater o tema com os colegas, é contra a manutenção do contrato da forma atual. “Sou contra manter o contrato com as cláusulas vigentes. Mais importante que não aumentar o valor é fazermos um grande debate em função de um novo modelo. Sou contra o aumento e contra o modelo de concessão”, resumiu.

Questionado sobre o tema, Junior Coringa (MDB) também afirmou ser contra o aumento tarifário. “Eu sou contra qualquer tipo de aumento na tarifa do transporte coletivo esse ano. Até porque o Consórcio Guaicurus, primeiro, tem que cumprir o contrato que ele tem com a cidade de Campo Grande, com a população da nossa cidade, porque ele não vem cumprindo”, citou.

Também em seu primeiro mandato, Wilson Lands (Avante) disse que o contrato firmado entre a Capital e a empresa somente beneficia o Consórcio Guaicurus. “Não concordo e fico perplexo com tamanha indiferença com a qual o Consórcio Guaicurus trata os usuários do transporte coletivo , começando com uma frota vergonhosa, uma tarifa caríssima e custosa, com uma discrepância distante do serviço prestado”, afirmou.

Otávio Trad (PSD) afirmou que essa briga já é antiga. “Um problema crônico de Campo Grande que precisa ser solucionado. Apesar do reajuste não passar pela Câmara, vamos cobrar os motivos e os argumentos para tal e após, junto com os colegas, iniciar ações que de fato possam surtir efeitos”, resumiu.

O vereador Carlão (PSB) afirmou que não está na Capital e não está por dentro do tema, entretanto, se comprometeu a entender o debate quando voltar aos serviços. Herculano Borges (Republicanos), por sua vez, restringiu-se a afirmar que a Câmara precisa fazer um debate sério sobre o tema.

Ainda, em primeiro mandato como vereador, Landmark (PT) disse que, no momento, o ideal é a realização de uma discussão. “Quero levantar a questão dos ônibus com ar-condicionado. Não prometeram isso há anos? Cadê ‘os geladinhos’ que usaram para a campanha? Quando vão entrar em circulação? Agora, sempre o Consórcio Guaicurus vem com essa: vou sangrar o bolso do usuário sem nenhuma melhoria para ele ou ela?
Essas chantagens de empresas nosso mandato não aceita! O Consórcio tem que apresentar para a Câmara alguma prova de melhoria concreta promovida ao usuário. Agora, essa virou a receita desse grupo. Todo ano é a mesma história: têm que pagar o reajuste dos funcionários e acabam empurrando essa conta para o povo. Vamos acabar com essa farra. O Consórcio Guaicurus vive dizendo que está tendo prejuízo. Veja, se há prejuízo, devolva a concessão, dê espaço para quem verdadeiramente vai oferecer transporte coletivo digno aos campo-grandenses”, resumiu.

Os demais vereadores de Campo Grande foram acionados, mas ainda não se posicionaram sobre o tema. O Jornal Midiamax reitera que o espaço segue aberto para manifestações.

*Matéria atualizada às 18h28 para acréscimo de informação

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