A ex-ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, afirmou neste sábado (17) que não restou mágoas após a demissão do gabinete do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), no último dia 5 de maio. Ela participou do evento de lançamento das candidaturas do deputado federal Vander Loubet e do ex-ministro Edinho Silva às presidências estadual e nacional da legenda.
“Eu não saí magoada. Na verdade, fui eu quem solicitou uma audiência com o presidente, que foi no dia 17 de fevereiro. Então ele não me chamou para me demitir, a imprensa é quem afirmou isso”, observou. Em seu lugar, assumiu Márcia Lopes.
Cida disse que a saída dela do ministério foi em comum acordo com Lula, preparando o caminho para a campanha de reeleição do chefe do Executivo em 2026. “O governo tem que cumprir sua missão. Havia uma tarefa até agora de organizar o ministério. Agora outra pessoa vai continuar tocando as estratégias e eu sigo”, ressaltou.
A petista ainda fez questão de destacar que as denúncias de assédio moral no Ministério das Mulheres foram arquivadas, mas não acredita ter sido alvo de “fritura” no governo. “Fiquei exposta, mas não acho que foi fogo amigo. As denúncias que saíram fui absolvida em todas pela Comissão de Ética [da Presidência]”, avaliou.
Caso Vanessa Ricarte e legado
Sobre as mudanças que vêm sendo implementadas desde o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, morta pelo ex-noivo em fevereiro de 2025 e que expôs falhas no atendimento da CMB (Casa da Mulher Brasileira), Cida lembrou que as medidas foram tomadas junto com o Governo do Estado.
“A gente esteve trabalhando com o núcleo gestor [da CMB], e a equipe do ministério segue acompanhando. O Governo do Estado colocou um grupo de delegados para dar conta dos inquéritos parados. Mas a partir de agora é com a [ministra] Márcia”, pontuou.
A ex-ministra citou avanços na sua gestão, como a reestruturação das políticas públicas para mulher, como a retomada do programa Mulher Viver sem Violência.
“Eu herdei uma secretaria na época com R$ 28 milhões para investir e agora deixei quase R$ 500 milhões. Deixamos programas estabelecidos, da autonomia econômica, da política de cuidados e a volta do programa Mulher Viver sem Violência, com 16 Casas da Mulher Brasileira em construção e 19 em implementação. Estruturamos o Brasil para a política pública para mulheres”, concluiu.
A partir de agora, Cida pretende voltar à iniciativa privada, atuando em uma entidade de defesa dos direitos das mulheres, além da militância no PT.
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