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Política

‘Governo precisa melhorar o timing das mudanças’, diz Vander sobre demissão de Nísia

Deputado federal afirma que a troca de ministros é legítima, mas critica a "fritura" de nomes
Marcus Moura -
Deputado critica forma que nomes estão sendo dispensados do Governo. (Fotos: Hélder Câmara/Midiamax e Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio da Silva (PT) precisa melhorar o timing das mudanças em cargos importantes e ministérios, segundo avaliação do deputado federal petista Vander Loubet. Nesta terça-feira (25), Lula exonerou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, após um período de “fritura” do nome da cientista e pesquisadora.

Para Vander, as trocas ministeriais são prerrogativas do presidente, mas o parlamentar critica o “fogo amigo” que causou desgaste à Nísia. “O que não pode é haver esse fogo amigo que aconteceu com a Nísia. E não é uma coisa exclusiva para as mulheres, atinge ministros homens também. Além da Nísia, a gente pode citar a Ana Moser e o Paulo Pimenta, por exemplo”, disse.

Ele ressalta que o presidente não pode ceder a “intrigas palacianas”. “Se há necessidade de trocar ministro, seja por questão de resultados, seja por questões políticas, que isso seja feito rapidamente e sem fritura das pessoas envolvidas. Esse tipo de atitude é inadmissível”, comentou.

O parlamentar ainda destaca que, além de prejudicar a imagem das pessoas envolvidas, a demora nas mudanças causa sérios desgastes à imagem do governo. “A demora em efetuar as trocas, além de queimar as pessoas envolvidas, trava o governo e atrasa o andamento das coisas. O governo precisa melhorar o timing das mudanças.”

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Crises e ‘falta de resultados’

Presidente e a atual ex-ministra após o evento de lançamento da vacina nacional contra a . (Foto: Jose Cruz/Agência Brasil)

Interlocutores do governo criticavam a falta de resultados concretos da ministra, que assumiu a pasta destacando-se pelo perfil técnico. À frente do , Nísia teve que lidar com crises frequentes, como a epidemia de dengue registrada em 2024 e a falta de medicamentos e vacinas em todo o país.

Há possibilidade de o presidente acomodar a ex-ministra em outro cargo no governo, ou até mesmo na OMS (Organização Mundial da Saúde).

Antes de sua saída, Nísia participou de dois grandes anúncios: a gratuidade de todos os remédios ofertados no programa Farmácia Popular e a produção de uma vacina nacional contra a dengue em 2026. Sua demissão ocorreu horas depois do último anúncio.

Popularidade de Lula em queda

Levantamento da Quaest divulgado nesta quarta-feira (26) aponta que o 3º governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é reprovado por 50% ou mais dos eleitores em 8 estados pesquisados.

Conforme a pesquisa, a desaprovação supera os 60% nos estados de , Rio de Janeiro e Minas Gerais. Além disso, a aprovação caiu mais de 15 pontos na Bahia e em Pernambuco, estados onde Lula venceu as eleições em 2022.

Pela primeira vez, a desaprovação do presidente superou numericamente a aprovação nesses dois estados.
A pesquisa Quaest, contratada pela Genial Investimentos, foi realizada entre os dias 19 e 23 de fevereiro com 6.630 brasileiros nos seguintes estados: Bahia, Goiás, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, e São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos para 7 estados, com exceção de SP, em que é de 2 pontos, para mais ou para menos.

Esta é a primeira vez que a Quaest inclui Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul em suas pesquisas sobre a avaliação do governo Lula. Os demais 6 estados já tinham sido pesquisados anteriormente.

A pesquisa Quaest indicou uma queda na popularidade de Lula em janeiro, quando o índice de desaprovação superou pela primeira vez, numericamente, a aprovação ao presidente em pesquisa nacional. Foram entrevistados 4,5 mil eleitores em todo o Brasil, na época.

Veja os números:

Aprova: 47% (eram 52% em dezembro);
Desaprova: 49% (eram 47%);
Não sabe/não respondeu: 4% (eram 2%).

Para Felipe Nunes, diretor da Quaest, o que explica a reprovação histórica é a percepção dos eleitores sobre a condução da economia no país e as promessas de campanha do presidente.

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