Prestes a ir aos Estados Unidos tratar o conflito comercial implodido pelo tarifaço de 50% aos produtos brasileiros, proposto por Donald Trump, o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) viaja para mostrar ao Congresso norte-americano que a situação traz prejuízos para os dois países.
“A nossa parte como congressista, presidente que sou da Comissão de Relações Exteriores… Eu vou procurar a contraparte americana, porque, do jeito que está ruim para Brasil, não pense você que não está ruim para os Estados Unidos. Porque o equilíbrio da balança comercial entre Estados Unidos e Brasil é muito positiva para os Estados Unidos”, explica o parlamentar sul-mato-grossense.
Assim, Trad ainda diz que a missão faz parte de uma postura proativa do Senado diante das últimas movimentações. A viagem acontece na última semana de julho. “Vamos tentar pacificar essa história ancorados em mais 200 anos de relações diplomáticas com os Estados Unidos”, disse, em entrevista na manhã desta quinta-feira (17).
Consequências do conflito comercial
Uma das consequências do anúncio do ‘tarifaço’ acontece em Mato Grosso do Sul, onde cinco plantas frigoríficas anunciaram que suspenderam as exportações aos EUA por conta das tarifas impostas pelo governo norte-americano.
“Eu não posso ver esse tsunami passar na frente da gente e a gente ficar sem ter uma atitude mais proativa, Comissão de Relações Exteriores não serve só para sabatinar embaixador, nós vamos ter uma atitude mais proativa e vamos usar de todos os instrumentos para tentar vencer uma situação como essa”, afirma.
Assim, todos os passos da missão, que deve contar com a presença da senadora Tereza Cristina (PP-MS), vice da CRE, já foram comunicados a embaixada do Brasil nos Estados Unidos, ao Itamaraty e ao vice-presidente Alckmin, que também articula uma viagem ao território de Trump.
Motivações por trás das sanções
Além disso, Nelsinho comentou sobre as informações de que o tarifaço dos EUA têm motivações políticas. A artimanha seria para pressionar a Justiça brasileira a não responsabilizar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) aos atos golpistas de 8 de janeiro.
“É hora de dar as mãos, se unir e fazer com que o Brasil possa superar essa emergência econômica. Não teve a covid, com a emergência sanitária? Agora nós estamos com emergência econômica, só não vê quem não quer”, avalia Nelsinho.
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