Enquanto a Câmara de Campo Grande não abre a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus, a prefeita Adriane Lopes (PP) diz que a modernização é um caminho para o transporte público da Capital. A gestora municipal participou de agenda nesta quinta-feira (13).
Após questionamento sobre os dois pedidos de CPI que aguardam decisão na Câmara, a gestora focou em apontamentos sobre outras alternativas para o transporte público. “Nós temos um projeto em andamento há um ano, que é a modernização de todo o transporte público da área de mobilidade de Campo Grande”, disse.
Adriane afirmou que já levou a proposta ao Governo do Estado. Logo, apontou que a matéria prevê a discussão do contrato com as empresas do Consórcio.
“É um projeto de Estado, é um projeto maior onde vai se discutir o contrato, vai se discutir as mudanças, as reformas dos terminais que estão prestes a serem entregues”. Assim, pontuou que alguns terminais passaram por reforma. Ademais, serão 43 quilômetros de vias em trabalho com o Estado.
A prefeita ressaltou que a alternativa proposta. “A minha proposta é propor a modernização do transporte público para a Capital, que já foi construído. Fizemos o teste recentemente de 10 dias com o ônibus movido a gás natural, mudando a matriz energética”. Então, disse que o projeto foi assunto de reunião com o presidente da Casa de Leis, vereador Papy (PSDB).
Câmara recebeu dois pedidos de investigação
A Câmara de Campo Grande recebeu mais um requerimento de CPI para investigar o serviço de transporte público prestado pelo Consórcio Guaicurus. O novo pedido foca no cumprimento de TAG (Termo de Ajustamento de Gestão) firmado há cinco anos.
Também foca na frota sucateada, oferecida pelas empresas com lucros bilionários, aos cidadãos campo-grandenses.
O novo requerimento protocolado na Casa de Leis lembra que cláusulas do TAG obrigam as empresas do Consórcio a apresentar plano de manutenção preventiva dos ônibus. Além disso, definiu que a Agereg (Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos) seria responsável pela apuração da idade média dos veículos.
Além disso, a Câmara recebeu o pedido de CPI proposto pelo vereador Júnior Coringa (MDB). O primeiro pedido de CPI avançou até a procuradoria da Câmara.
Com o parecer sobre o requerimento que pede a instauração da CPI do Consórcio Guaicurus quase pronto, o procurador-geral da Câmara Municipal de Campo Grande, Gustavo Lazzari, não se declarou suspeito para avaliar a questão.
Então, a assinatura do parecer que definirá se o Consórcio será investigado ou não segue nas mãos do profissional que trabalhou por anos em um escritório que representa o grupo de empresários do transporte público.
A emissão do parecer da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus, feito da Procuradoria Geral da Câmara Municipal, está previsto para a próxima segunda-feira (17). O presidente da Casa, vereador Papy (PSDB), disse que são cinco dias úteis. Por fim, vale lembrar que prazo para o parecer foi prorrogado.