A política foi agitada na última semana em Mato Grosso do Sul, especialmente com as movimentações em Brasília e nos Estados Unidos que afetam a economia no Estado. As últimas sessões ordinárias também antecederam o recesso parlamentar nas Casas de Leis, que deve terminar no fim de julho.
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A operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi outro fato que marcou o cotidiano da política em Mato Grosso do Sul. Confira:
Corte de gastos sancionado
A semana iniciou com a prefeita Adriane Lopes (PP) sancionando os três projetos que tratam de corte de gastos para viabilizar asfalto para bairros de Campo Grande. O plano impõe limitações, centraliza o caixa do município e autoriza ações inéditas, como leilões de pagamento.
A adesão ao PEF (Programa de Promoção do Equilíbrio Fiscal) do Governo Federal quer viabilizar a liberação do empréstimo de R$ 541 milhões junto à Caixa Econômica Federal para levar asfalto e drenagem para 24 bairros. A expectativa é que as obras iniciem em 2026.
Limpa pauta
As casas legislativas também foram movimentadas antes do início do recesso parlamentar. A previsão é que, na Câmara de Vereadores de Campo Grande e na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), as sessões ordinárias retornem somente em agosto.
Na última sessão, os deputados estaduais aprovaram seis projetos de lei, incluindo o Refis do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado). Já na Câmara de Vereadores da Capital o ritmo foi mais acelerado com a aprovação de 92 projetos e análise de um veto.
CPI do Consórcio Guaicurus
A CPI do Transporte Público foi considerada pelo vereador Lívio Leite (União Brasil) como um dos marcos relevantes da Câmara de Campo Grande neste primeiro semestre. O parlamentar, que preside os trabalhos da comissão, considera que a investigação se transformou em um “grande fato midiático”. A previsão é que o relatório seja entregue em 15 de agosto.
“Acho que a abertura da CPI já no primeiro início do trabalho também foi algo que recebeu o apelo da população para que isso acontecesse. Em razão da CPI, naturalmente, ter tido todo um apelo, uma boa cobertura da imprensa, eu acho que foi um grande apelo, foi um grande fato midiático, mas que ela não se encerra nisso”, afirmou o parlamentar.
Relembre: ‘Grande fato midiático’: Lívio considera CPI como marco do semestre na Câmara
Suspensão de exportação aos EUA
Os frigoríficos de Mato Grosso do Sul habilitados a exportar para os Estados Unidos decidiram parar os embarques da proteína após o tarifaço de 50% do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A medida foi tomada porque os produtos enviados a partir de agora chegariam após o início da taxa aos produtos brasileiros, em 1º de agosto. O presidente norte-americano anunciou a taxação em 9 de julho.
Relatada por Tereza Cristina, Lei da Reciprocidade é publicada em resposta ao ‘tarifaço’ de Trump
A decisão movimentou a política em Mato Grosso do Sul. O Governo do Estado viu com preocupação o cenário econômico e apontou a possibilidade de baratear o valor da carne bovina no mercado interno, já que a abertura de novos mercados demoram.
A maioria dos parlamentares de Mato Grosso do Sul criticou a decisão de Donald Trump, mas outros jogaram a culpa no Governo Federal e no Judiciário.
PL da Devastação
Durante a madrugada da última quinta-feira (17), o PL (Projeto de Lei) que institui um novo marco do licenciamento ambiental no Brasil passou na Câmara Federal com cinco votos favoráveis e dois contra de deputados por Mato Grosso do Sul. Um parlamentar não compareceu.
Ao todo, a redação final passou com 231 votos a 87. Representando Mato Grosso do Sul, Marcos Pollon (PL-MS), Rodolfo Nogueira (PL-MS), Luiz Ovando (PP-MS), Geraldo Resende (PSDB-MS) e Beto Pereira (PSDB-MS) votaram sim para a matéria, que nasceu na Câmara em 2004, e enfrentou longo processo até ir à sanção do presidente Lula.
Dos 8 deputados federais pelo Estado, apenas Camila Jara (PT-MS) e Vander Loubet (PT-MS) votaram contra o projeto, que ficou conhecido na oposição como a ‘PL da Devastação’. O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) não compareceu na votação.
Cassação de deputado
O ministro André Mendonça, do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), pediu vistas no processo aberto pelo deputado estadual Lucas de Lima (sem partido), que busca justificar a sua desfiliação do PDT, no início deste ano. A tramitação pode resultar na perda do mandato do parlamentar.
Após o relator do processo, Antonio Carlos Ferreira, votar contrário ao agravo regimental apresentado pelo deputado, que tenta na justiça reverter a decisão monocrática que barrou sua desfiliação do PDT por justa causa, André Mendonça pediu vistas para analisar com mais profundidade os dados do processo.
📲 LEIA TAMBÉM: Relator do TSE mantém decisão contrária à desfiliação de Lucas de Lima no PDT
Outros ministros ainda não registraram voto na ação. Se seguirem o relator, a decisão será desfavorável ao parlamentar sul-mato-grossense, que já está na mira da ex-legenda sob acusação de infidelidade partidária.
Missão nos Estados Unidos
Ainda falando sobre a taxação dos Estados, foi criada uma CTEUA (Comissão Temporária Externa para Interlocução sobre as Relações Econômicas Bilaterais com os EUA) no Senado Federal. Além de Nelsinho Trad (PSD) e Tereza Cristina (PP), os senadores Jacques Wagner (PT-BA) e Fernando Farias (MDB-AL) são os titulares.
Eles viajam aos Estados Unidos no dia 28 de julho para tentar uma negociação com equipes do presidente Donald Trump sobre o tarifaço de 50% imposto ao Brasil.
Já os senadores suplentes escalados para a viagem são: Astronauta Marcos Pontes (PL-SP); Rogério Carvalho (PT-SE); Esperidião Amin (PP-SC) e Carlos Viana (Podemos-MG). Nelsinho explica que titular e suplente são uma formalidade do regimento, mas se equivalem.
Federação União/PP
E falando de Tereza Cristina, a senadora foi escolhida como presidente da federação União Progressista em Mato Grosso do Sul. O grupo será liderado nacionalmente pelo chefe do União Brasil, Antonio Rueda.
A missão do futuro partido será garantir três das oito cadeiras da bancada sul-mato-grossense na Câmara dos Deputados. Uma delas deve ser destinada à atual presidente do União Brasil MS, Rose Modesto, que já ocupou o parlamento federal e foi vice-governadora do Estado durante a gestão de Reinaldo Azambuja.
Bolsonaro alvo da PF
A PF (Polícia Federal) cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última sexta-feira (18). A casa do político e a sede do Partido Liberal receberam a polícia.
A decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) impôs uso de tornozeleira eletrônica e de outras medidas cautelares, como toque de recolher, não usar redes sociais e nem ter contato com o filho Eduardo Bolsonaro, que mora nos Estados Unidos.
As ações em Brasília também movimentaram a política em Mato Grosso do Sul. A bancada do PL mostrou indignação com a decisão, enquanto a oposição elogiou a medida.
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