Pular para o conteúdo
Política

Vanda Camilo vai à Justiça Eleitoral para remover vídeo que cita genro réu por comandar esquema de corrupção

A atual prefeita de Sidrolândia afirmou que vídeos são ‘vexatórios’
Dândara Genelhú -
vanda camilo
Vanda e o genro, Claudinho Serra. (Reprodução, Redes Sociais)

A Justiça Eleitoral determinou a remoção de publicações sobre a prefeita de , Vanda Camilo (PP). Em representação ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul), Vanda disse que os vídeos são ‘vexatórios’.

Uma das publicações cita o genro de Vanda, vereador Claudinho Serra (PSDB), suspeito de comandar esquema de corrupção em Mato Grosso do Sul.

Assim, a mandatária disse que as publicações estariam ‘caluniando e difamando’ a imagem dela. Entre as postagens destacadas pelo Tribunal, estão vídeos com suposições sobre Vanda.

“Neste vídeo, de forma jocosa, induz que o local seria para um QG de quadrilha, e esconder dinheiro”, aponta o juiz eleitoral Eduardo Augusto Alves. Além disso, foi usada a imagem da personagem ‘Vandinha’ em algumas publicações.

A decisão consta no DJEMS (Diário da Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul), publicado nesta quinta-feira (1).

Após a decisão, a Tv Planalto Telecomunicações Informações e Negócios Ltda, Joel Malcom Fachi e Matheus de Moraes devem remover quatro publicações que tratam sobre Vanda Camilo. A remoção deverá acontecer em até 24h, passível de multa diária de R$ 1 mil.

Genro suspeito de comandar organização criminosa

O vereador de Campo Grande Claudinho Serra (PSDB), genro de Vanda Camilo, é apontado como líder da organização criminosa que fraudava licitações e desviava valores de Sidrolândia, usando a emissão de notas fiscais fraudulentas para tentar dissimular os crimes. Isso é o que aponta relatório do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção).

Conforme o procedimento de investigação, as licitações eram fraudadas por meio do então secretário de Fazenda de Sidrolândia, Claudinho Serra. Para isso, integravam o grupo outros servidores do município, além de empresários que eram os vencedores das licitações.

A partir daí, no decorrer da execução dos contratos, eram realizados empenhos visando apenas o desvio de dinheiro. Ou seja, o pagamento feito pelo Município para as empresas, que, na verdade, servia apenas para o bolso dos investigados porque não resultava em serviços para a cidade.

Depois disso, eram emitidas as notas fiscais forjadas. “Apurou-se que os valores a título de propina eram repassados conforme a necessidade e/ou exigência de agentes políticos e servidores públicos, sendo a partir de então estipulado pelos empresários a margem de lucro que seria aplicada sobre o valor repassado (propina), em quais contratos púbicos recairiam as cobranças dos valores, bem como quais produtos formalmente licitados constariam nas notas fiscais forjadas”, aponta a investigação.

Em uma das conversas de Ueverton Macedo, empresário também preso na operação, ele fala sobre a necessidade de emitir notas fiscais fraudulentas. Essa necessidade teria surgido a pedido de Claudinho Serra.

Ueverton conversava com Tiago Basso, então servidor de Sidrolândia e responsável pela emissão das notas, enquanto chefe de setor de execuções e fiscalização no município. Em conversa flagrada pelo Gecoc, Ueverton pede uma nota fria relacionada ao setor de obras.

Nesse caso, não seria fornecido qualquer produto, nem mesmo seria executado algum serviço.

Investigações

Para o Gecoc, Claudinho Serra figurou como mentor e beneficiário do esquema criminoso, sendo que em uma das conversas Ueverton manda mensagem para Ricardo Rocamora, pedindo que ele enviasse valor para que o advogado Milton Matheus Paiva efetuasse o saque.

Ueverton então afirma que Claudinho era quem resolveria a forma como os empresários seriam ressarcidos, ou seja, de qual forma os valores seriam desviados. Ainda foi narrada possível emissão de notas fiscais com dados forjados, relativos à lavagem de veículos.

Isso teria sido feito conforme solicitação do Secretário Municipal de Educação, Rafael Rodrigues, ao empresário Ricardo Rocamora, nos valores de R$ 40.000,00 e R$ 30.000,00.

Já os assessores parlamentares de Claudinho na Câmara de , Carmo Name Júnior e Heberton Mendonça da Silva, teriam atuado com desvios a partir da empresa do segundo citado, Papo com Ton (CNPJ 46.072.552/0001-06).

Os crimes envolviam a emissão de notas fiscais e pronto pagamento nos contratos de publicidade da Prefeitura de Sidrolândia. “A provável existência dessa organização, dentro da prefeitura, fraudando licitações e beneficiando agentes públicos e privados, gera imenso prejuízo aos cofres públicos, já que, mediante notas fiscais com dados possivelmente forjados, sem efetiva prestação de serviços ou entrega de bens e com preços superfaturados, subtraem a chance de o Município de Sidrolândia investir em serviços públicos efetivamente prestados”, aponta a investigação.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Motta anuncia formalmente grupo de trabalho da reforma administrativa

São Paulo goleia para assumir 3ª colocação do Brasileiro Feminino

Motorista de caminhonete é baleado por ladrões em tentativa de assalto

Ciclista morre em acidente envolvendo carreta bitrem

Notícias mais lidas agora

sed operação reinaldo

Licitações da gestão de Reinaldo na SED-MS foram alvo de quatro operações da PF por fraude

sed

LISTA: Alvos da PF vão de empresários a ex-servidores da SED em MS

repasse investimento milionários empresa

Consórcio repassa investimentos milionários para empresas de fora, revela ex-diretor da Agereg

Lideranças políticas de MS participam da Marcha dos Prefeitos

Últimas Notícias

Brasil

Senado aprova projeto que simplifica licenciamento ambiental; texto vai à Câmara

Lei Geral do Licenciamento Ambiental é esperada pelo setor produtivo

Brasil

Câmara aprova projeto sobre reajuste salarial de servidores

O texto agora vai para o Senado

Polícia

Grupo de WhatsApp com ataques racistas à estudante vira caso de polícia em Campo Grande

Caso foi denunciado na delegacia

Polícia

Motorista que levava 37 Kg de cocaína de Campo Grande a São Paulo é preso na BR-262

Os agentes abordaram um Citroen C3, na BR-262