Ministra, presidente da Funai e Riedel discutem políticas públicas para comunidades indígenas

Reunião ocorreu na noite desta terça-feira, em Campo Grande

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Ministra mais cedo na cidade de Douradina (Nathalia Alcântara, Midiamax).

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, a presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Joenia Wapichana, o governador Eduardo Riedel (PSDB) e representantes do Ministério Público Federal se reuniram durante a noite desta terça-feira (6) no receptivo do Parque Estadual do Prosa, região do Parque dos Poderes, em Campo Grande.

A reunião foi fechada. Governo do Estado informou que emitirá nota, na manhã desta quarta-feira (7), sobre o encontro. A informação é de que, além dos conflitos que ocorrem em Douradina, houve discussão, na noite desta terça, em relação a políticas públicas para a população indígena de Mato Grosso do Sul.

Conforme o Censo 2022, MS dobrou a população indígena em 12 anos. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o Estado saiu de 77.025 indígenas em 2010 para 116.346 mil em 2022. Terceiro estado com maior número de indígenas do País, atrás do Amazonas e Bahia, a população originária de MS, envolvida há anos em conflitos rurais, carece de políticas públicas, segundo autoridades que discutiram o assunto em reunião na noite desta terça.

Aos produtores rurais, a ministra argumentou que “cada um está no seu direito de reivindicar.” “Eles (os indígenas) não gostam de estar assim também, jogados debaixo de lona. Eles não gostam de estar assim. Eles estão também por acreditar que eles têm o direito a ter a sua terra, a poder produzir também, a poder plantar e exercer a sua cultura”, relacionou Guajajara.

Agricultores e indígenas montaram acampamento na terra de retomada, o que aumentou a tensão na região. No último sábado, conflito deixou ao menos 8 feridos, um jovem indígena continua internado. Já nesta segunda-feira (5), o desembargador Audrey Gasparini, do TRF3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região), suspendeu ordem de reintegração de posse concedida pela Justiça federal de Dourados, que ordenava o despejo da comunidade indígena.