Atestado de Claudinho Serra vence e vereador pode retornar à Câmara na próxima semana

Réu por corrupção, vereador do PSDB não comparece a uma sessão desde o dia 2 de abril, um dia antes de ser preso

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Claudinho Serra na última sessão que participou na Câmara, em 2 de abril (Reprodução)

Vereador do PSDB réu por corrupção, Claudinho Serra pode ter que voltar à Câmara Municipal – de tornozeleira – na próxima semana. Isso caso não apresente novo atestado médico.

Conforme informado ao Jornal Midiamax pelo presidente da Câmara, vereador Carlão Borges (PSB). “Até agora não apresentou outro atestado. Ele está pelo INSS. Ele tem que me apresentar um novo atestado”, disse. Caso isso não ocorra, terá que voltar a comparecer às sessões para evitar uma cassação. Outra possibilidade é a renúncia ao cargo.

Licenciado do cargo – e recebendo do INSS –, o tucano não comparece a uma sessão na Casa de Leis desde o dia 2 de abril, um dia antes de ser preso acusado de chefiar esquema de corrupção em Sidrolândia, município a 70 km de Campo Grande, que é administrado pela sogra, Vanda Camilo (PP), na época em que atuava como secretário municipal de fazenda.

Então, Serra passou 23 dias atrás das grades e saiu sob a condição de utilizar tornozeleira eletrônica. De lá para cá, entrou com uma série de atestados médicos para não retornar ao ‘trabalho’. Assim, o vereador chegou a pedir uma licença especial de 120 dias, que expirou. Depois, voltou a entrar com atestado médico.

A reportagem do Jornal Midiamax acionou o advogado de Serra para questionar sobre um possível novo atestado médico. No entanto, não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestação.

Réu por corrupção, vereador do PSDB deve usar tornozeleira por mais seis meses

O juiz Fernando Moreira Freitas da Silva prorrogou por mais seis meses o uso da tornozeleira eletrônica para Claudinho Serra (PSDB). O tucano é réu por corrupção em Sidrolândia e o magistrado ressaltou o fato de que o esquema comandado pelo parlamentar causou muitos prejuízos à sociedade.

Então, o juiz destacou: “Verificou-se, à primeira vista, que o cometimento dos crimes que violaram o caráter competitivo de inúmeros processos licitatórios, aliado ao desvio de dinheiro público, face à não prestação ou não entrega dos produtos contratados, causou vultuoso dano ao erário, a resultar, necessariamente, em prejuízo de toda a sociedade”, diz trecho da decisão.

Pesou ainda o fato de que, mesmo com a primeira deflagração da Operação Tromper, que revelou o escândalo de desvio de dinheiro no município o qual Serra era secretário de Fazenda e a sogra, Vanda Camilo, a prefeita, os crimes continuaram.

Na tentativa de se livrar do monitoramento eletrônico, Claudinho chegou a apelar que possui emprego lícito de vereador, o qual não exerce desde o dia 2 de abril.

No processo, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) havia se manifestado contra a retirada do equipamento e citou que o tucano vive uma dependência de cargos políticos.

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