Prefeita diz que relatório da ‘folha secreta’ foi entregue ao TCE dentro do prazo

Adriane Lopes adiantou que uma cópia da documentação também foi encaminhada para Câmara Municipal
| 07/06/2023
- 16:23
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Prefeita Adriane Lopes (Nathalia Alcântara/Jornal Midiamax)

A Prefeita de Campo Grande Adriane Lopes (PP), disse nesta manhã de quarta-feira (7) que encaminhou o relatório com os esclarecimentos pedidos pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul. A chefe do executivo explicou que os documentos foram encaminhados nesta terça-feira (6).

Ainda de acordo com a prefeita, além do TCE, o mesmo documento também foi encaminhado para a Câmara Municipal de Campo Grande. Há meses os vereadores cobram transparência da prefeitura dizendo que existe uma ‘folha secreta’.

"O prazo foi ontem. Entregamos o relatório com todas as informações que foram solicitadas. Os vereadores também precisam receber, pois são fiscalizadores do Poder Executivo. Não são informações secretas e sim públicas. Algumas coisas o Tribunal cobrou que a gente executasse agora e outras ele recomentou. Respondemos todos os questionamentos e vamos avançar com ações pontuais, diminuindo despesa de custeio com folha. Queriam avaliar se existe folha secreta, não existe isso. Existem benefícios a servidores assim como acontece em todos os órgãos", explicou a prefeita.

 

O TCE investiga indícios de fraude e corrupção no setor público. O período a ser analisado pela auditoria compreende os anos de 2021 e 2022, enquanto o ex-secretário de Finanças e Planejamento, deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD), estava à frente da pasta.

'Folha secreta'

Reportagens do Jornal Midiamax revelaram que os vereadores suspeitam de “folha secreta”, uma vez que o ex-prefeito elevou de R$ 1,6 bilhão para R$ 2,5 bilhões os gastos com pessoal. Apesar disso, nunca foi aprovado requerimento para questionar a falta de transparência da então gestão municipal pela base forte que o ex-prefeito manteve na Câmara.

Questionado anteriormente pelo Jornal Midiamax sobre a suspeita de folha secreta, o ex-prefeito negou o pagamento de qualquer tipo aos secretários e pede que tudo seja consultado no Portal da Transparência, justamente o alvo de reclamação dos vereadores por falta de dados.

 

Uma das suspeitas, inclusive, é de que o inchaço nos pagamentos de pessoal na prefeitura de Campo Grande tenha a ver com a campanha do PSD nas últimas eleições de 2022 em Mato Grosso do Sul.

Trad renunciou ao cargo para concorrer ao Governo do Estado, mas acabou em sexto lugar após ser implicado em escândalo de assédio sexual. Ele virou réu por assédio sexual contra 7 mulheres e o caso continua na Justiça.

 

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