Detalhes de operação contra empreiteiras e reforma tributária movimentaram política de MS

Desde o último dia 15, o cenário político de Mato Grosso do Sul acompanha detalhes da operação Cascalhos de Areia contra empreiteiras investigadas por suposto esquema de desvio de dinheiro público. O assunto segue movimentando o Estado nesta semana, assim como a reforma tributária.

A primeira fase da operação, deflagrada no dia 15 de junho, reuniu indícios que apontam para suposta rede de empreiteiras nas mãos de laranjas e supostamente usadas por uma quadrilha para desviar dinheiro da Prefeitura de Campo Grande.

Os contratos firmados durante a gestão de Marquinhos Trad (PSD) e indícios colocam André Luiz dos Santos, o Patrola, no foco das investigação como verdadeiro operador das empresas envolvidas.

Além de envolvimento com empreiteiras, Edcarlos também tentou negócio no ramo de mineração. Em 2022, Edcarlos Jesus da Silva obteve alvará da Agência Nacional de Mineração para iniciar pesquisa de minério em Itaporã, região da Grande Dourados.

Ruas sem obras e flagra

A Engenex Construções e Serviços (CNPJ 14.157.791/0001-72) e a A.L.S. Construtora (CNPJ 15.084.261/0001-04) não realizaram as obras para que foram contratadas. Relatório do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) apontou que as ruas previstas nos contratos sequer tiveram manutenção e outras que receberiam cascalho eram até asfaltadas.

O Jornal Midiamax detalhou as ruas dos bairros São Conrado, Jardim Noroeste e Jardim Carioca que receberiam as ações. Os moradores das regiões acabaram na mão, já que as obras não foram realizadas.

Além disso, o relatório do Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) aponta que, mesmo com contratos milionários, a Engenex não possuía material disposto nos contratos.

Após a série de reportagem do Jornal Midiamax, que detalhou a investigação, a Agesul (Secretaria de Estado de Infraestrutura) publicou paralisação da execução da obra da empreiteira de André Luiz dos Santos, o Patrola.

Por fim, o material mais recente aponta que o arquiteto Ariel Dittmar Raghiant foi flagrado ‘combinando’ suposta fraude nas medições de obras suspeitas em Campo Grande. Ele é implicado na primeira fase da Operação Cascalhos de Areia por assinar obras pela Engenex Engenharia LTDA.

Reforma tributária

A semana do governador de Mato Grosso do Sul e da bancada federal do Estado começou com reunião sobre a reforma tributária. Na segunda-feira (19), se reuniram para buscar medidas que evitem perdas para MS.

Já na quinta-feira (22), Riedel encontrou governadores e o presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira (PP). O gestor de MS recebeu o texto da proposta para a reforma tributária.

Assim, afirmou que aguarda análise do texto da proposta para avaliar quais serão os impactos no Estado. Um grupo foi criado em MS para o tema e os pontos de atenção do governador para a reforma tributária são: fundos de investimento.

Eleições de prefeitos

Mal começou o segundo semestre de 2023 e os nomes para as principais prefeituras de Mato Grosso do Sul começam a circular com mais força. Pré-candidatos já anunciam interesses e encaram pesquisas internas para as Eleições Municipais de 2024.

É o caso da ex-deputada federal Bia Cavassa (PSDB), que anunciou estar à disposição do PSDB para a prefeitura de Corumbá. A ex-parlamentar disse que pretende fortalecer a legenda. “Se tivermos a oportunidade, vamos sair candidata e fortalecer cada vez mais o partido”.

Enquanto isso, o deputado Geraldo Resende (PSDB) repete que terá o nome entre a disputa para prefeitura de Dourados. O nome dele é ventilado e o interesse é confirmado desde o início de 2023.

Por sua vez, o PT anunciou dois pré-candidatos à prefeitura de Campo Grande: Zeca e Giselle Marques. Mas após o anúncio, o deputado afirmou que tem condições para pleitear o cargo executivo.

Por fim, o presidente estadual do PL, deputado federal Marcos Pollon, afirmou que quatro nomes estão entre as possibilidades da direita para concorrer à Prefeitura de Campo Grande.