Com cartazes que carregam frases como “aposentados pedem socorro” e “14% desumano”, servidores aposentados protestaram mais uma vez, nesta quarta-feira (21), contra a redução salarial da Reforma da Previdência estadual, na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul.
Cerca de 30 pessoas foram até a Casa de Leis, pedir apoio à comissão formada pelos deputados para tratar do assunto. Uma delas é a aposentada Íons Rojas, de 58 anos, ela explica que é a quarta vez que o grupo se reúne no local, mas segue sem respostas.
“Nós estamos aqui porque uma comissão dos deputados remeteu um requerimento solicitando a atual situação financeira da Ageprev. Passado um mês sem respostas, voltamos para cobrar os deputados. Aí hoje o Kemp informou que ao invés da Ageprev passar informações pra assembleia passou para o governo. Com isso a gente fica sem saber qual a situação. Agora encerra nossa participação aqui e vamos cobrar o governador”, afirma.
Aposentado há três anos, Dionizio Avalhaes, de 63 anos, também protestou contra a redução que para ele, é injusta e está causando inúmeros impactos da vida dos servidores aposentados. “Estamos sofrendo muito com isso, o pessoal está enrolado com consignado, com situações de saúde como os gastos com medicamentos, entre outras despesas. Os deputados estão sensíveis a essa questão, aqui é uma casa de leis e viemos trazer essa situação porque se não fizermos nada, ninguém vai fazer. Ainda não marcamos dia, mas vamos fazer uma movimentação na governadoria”, enfatizou.
A comissão é composta por Pedro Kemp (PT), Júnior Mochi (MDB), Pedro Pedrossian Neto (PSD), Rinaldo Modesto (Podemos) e Gerson Claro (PP). Kemp disse ter feito uma reunião com a Ageprev (Agência de Previdência do Mato Grosso do Sul), na qual solicitou um detalhamento da situação dos servidores com base na última folha de pagamento. No entanto, as informações foram entregues ao secretário de governo, que também fez o pedido.
“A Ageprev já encaminhou para o governo do Estado, a situação dos servidores ativos e inativos, o déficit da previdência, se tem queda e se é possível, através de um novo cálculo, isentar ou reduzir essa taxa de acordo com os salários. Essa é uma proposta que deve partir do governo do estado. Nós vamos tentar uma reunião com o próprio governo para discutir um projeto de lei alterando essa redução”, sinalizou o deputado.
