Suplentes tomam posse como vereadores na terça e já votam Orçamento de R$ 404 milhões

Titulares dos cargos foram afastados em decorrência da Operação Dark Money

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
câmara de maracaju vereadores operação
Plenário da Câmara Municipal de Maracaju. (Foto: Divulgação)

Os suplentes dos oito vereadores afastados de Maracaju, após a Operação Dark Money, vão tomar posse nos cargos na terça-feira (13), às 7h30. Eles já terão de votar o Orçamento de 2023 estimado em R$ 404 milhões, na sequência da solenidade.

Segundo o presidente da Câmara Municipal de Maracaju, Gustavo Luís Duó (PP), uma reunião com os suplentes, na manhã desta segunda-feira (12), definiu os detalhes da posse, bem como o Orçamento foi apresentado.

“Delicado, mas não tem como não votar”, explicou o dirigente a respeito da responsabilidade na análise de um dos projetos mais importantes, por parte dos recém – e temporários – vereadores.

Depois da peça orçamentária, os vereadores ainda devem convocar uma sessão extraordinária nesta semana, para votar demais projetos. Na sexta-feira (16), os parlamentares daquele município entram em recesso.

O mandato deles será até 5 de janeiro, uma vez que os titulares devem retomar os mandatos em menos de 30 dias.

Operação Dark Money

Na 3ª fase da investigação do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), foi identificado pagamento de propina a vereadores durante os meses de dezembro de 2019 e novembro de 2020.

As propinas eram pagas por ordem do então prefeito Maurílio Azambuja (MDB) que, com o aval de outros servidores, tinha como objetivo afrouxar a fiscalização das contas da prefeitura pela Câmara, além de aprovar projetos e leis de seu interesse.

O pagamento de propina tinha como objetivo impedir o funcionamento adequado do Legislativo, já que é de responsabilidade deles a fiscalização. A 3ª fase foi nomeada como ‘Mensalinho’ em referência ao esquema do mensalão, que era operado em nível federal.

Conteúdos relacionados

beto avelar reforma
O Presidente da ASMMP, Fabrício Secafen Mingati, que também assinou a nota conjunta (Reprodução, MPMS)