O cenário político de foi movimentado pelo registro de candidaturas às Eleições de 2022. Além disso, a semana foi marcada pelo projeto de fretamento do transporte intermunicipal no Estado.

Em tramitação na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), o projeto de lei 92/2022 passou por três pedidos de vista e uma retirada de pauta. Isso porque a proposta é alvo de protestos das empresas de aplicativo que fazem rotas intermunicipais em MS.

José Gustavo, líder de políticas públicas da Buser, diz que o projeto, se aprovado, afetaria cerca de 80 mil passageiros. Ele ainda acredita que o texto reduz a concorrência no setor rodoviário, gerando aumento nos preços das passagens de ônibus. Após reunião na quarta-feira (10), a Buser afirmou que o projeto seria reavaliado pelo Governo.

No entanto, na quinta-feira (11), o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) disse que iria manter a proposta. “Não tem o porquê retirar, até porque aquilo ali é para modernizar o transporte”, pontuou. Nesta sexta-feira (12), a diretoria executiva da Agems (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Mato Grosso do Sul) prorrogou as autorizações de fretamento para os transportes intermunicipais até o dia 31 de outubro.

Registro de candidaturas

Até esta sexta-feira (12), seis candidaturas ao Governo de Mato Grosso do Sul foram registradas no TSE (Tribunal Superior Eleitoral). O primeiro a registrar a candidatura foi Adonis Marcos (Psol), seguido por Rose Modesto (União Brasil), Eduardo Riedel (PSDB), Marquinhos Trad (PSD), André Puccinelli (MDB) e Giselle Marques (PT).

Nesta semana também houve dois registros de candidatura de sul-mato-grossenses na corrida presidencial. (MDB) registrou a candidatura à Presidência da República e tem como vice Mara Gabrilli (PSDB).

Soraya Thronicke (União Brasil) registrou junto ao TSE a candidatura à Presidência da República, na chapa o vice é Marcos Cintra. Vale lembrar que os candidatos que pretendem concorrer às Eleições de 2022 devem registrar a candidatura no TSE até a próxima segunda-feira (15).

Transparência em MS

Na última quarta-feira (10), o TCU (Tribunal de Contas da União) entregou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) uma lista com nomes de gestores ou ex-gestores públicos que tiveram as contas julgadas como irregulares. Em Mato Grosso do Sul, 70 nomes aparecem na lista com contas irregulares nos últimos oito anos.

Em MS, os gestores vão desde prefeitos até servidores. Dos 70 nomes de gestores, são 90 contas julgadas como irregulares.

O MPMS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul) instaurou inquérito civil para apurar as causas da superlotação do Pronto Atendimento Médico Adulto e Pediátrico do Hospital Regional Rosa Pedrossian, em Campo Grande. O edital foi publicado na edição na terça-feira (9) do Diário Oficial do órgão.

A notícia de fato foi aberta após a direção da unidade enviar ofício à 32ª Promotoria de Justiça da Saúde Pública alertando que o Pronto Atendimento Médico estava atendendo acima da capacidade, levando a uma provável suspensão de admissão de novos pacientes.

Ainda nesta semana, a prefeitura de Três Lagoas recebeu recomendação do MPMS para que mude a forma de licitar obras públicas. A administração municipal vem utilizando a modalidade pregão eletrônico para contratar empresas para executar serviços de manutenção das vias públicas. Porém, a 7ª Promotoria de Justiça apontou que obras devem ser licitadas na modalidade concorrência.