Reajuste eleitoreiro para professores virou herança de Trad para Adriane, avalia vereador
Prefeitura alegou que está com dificuldades financeiras de manter reajuste acordado pelo ex-prefeito
Dândara Genelhú –
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Para o vereador Clodoilson Pires (Podemos), o reajuste escalonado dos professores firmado pelo ex-prefeito Marquinhos Trad (PSD) foi feito de ‘forma eleitoreira’. Assim, acredita que a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes “herdou da gestão Marquinhos Trad” dificuldades financeiras.
Nesta quarta-feira (23), a prefeitura disse que está com dificuldades financeiras para cumprir o pagamento do reajuste escalonado dos professores. O aumento de 10,39% é previsto para este mês e deve ser pago até dezembro.
“Agora que a prefeitura está com dificuldades financeiras, a gente sabe que está, e com certeza herdou da gestão Marquinhos Trad”, pontuou o vereador. Sobre o pagamento com reajuste, disse que é “uma questão de previsão orçamentária”.
“Às vezes o ex-prefeito fez as coisas de forma eleitoreira”, disse o vereador. Para Clodoilson, o ex-prefeito “poderia lograr isso na eleição dele para ajudar o município. Então acredito que ele possa ter firmado já pensando em fazer isso”.
‘Herança’ financeira
Sem desfecho durante a reunião na manhã desta terça-feira (23), a Prefeitura de Campo Grande alega dificuldades financeiras para pagar o reajuste escalonado dos professores de Campo Grande, definido em lei municipal deste ano.
Na gestão de Marquinhos, em março deste ano, foi acordada entre a ACP e o município a proposta de reajuste escalonado de 67% até 2024.
O escalonamento deverá ser da seguinte forma: 10,06% retroativo a fevereiro, 10,39% em novembro de 2022; 11,67% em maio/2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024; e 11,67% em outubro/2024.
De acordo com o presidente do sindicato, Lucílio Nobre, a prefeita Adriane Lopes (Patriota) informou que o executivo está no limite prudencial dos gastos com pessoal.
“A categoria quer uma resposta por escrito para que não haja especulações e sobre as intenções do município em cumprir a lei. A prefeitura não pode transferir a responsabilidade que tem para vereadores ou para categoria. Não cabe a nós sentar na cadeira da prefeitura e fazer a gestão do município. Quem precisa equilibrar o orçamento é a prefeita”, pontua.
Após receber o ofício, a categoria se reúne em assembleia geral para debater o reajuste. Na próxima terça-feira (29), o sindicato e o executivo retornam com as negociações e cobranças para soluções.
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