Promotoria quer condenação de Tiago Vargas por ataques que escapam da imunidade de vereador
Ele criticou o governador Reinaldo durante uma blitz
Renan Nucci –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O MPMS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) pediu a condenação do vereador de Campo Grande Tiago Vargas (PSD), por calúnia e difamação contra o vereador Reinaldo Azambuja (PSDB) por meio do conteúdo de um vídeo divulgado nas redes sociais. De acordo com o promotor Marcelo Ely, da 14ª Promotoria de Justiça, neste caso não cabe imunidade parlamentar.
Consta nos autos que o governador apresentou queixa-crime contra Tiago Vargas, alegando que o ex-policial civil que foi demitido por Reinaldo usou seu espaço não para veicular informações de interesse público, mas sim para ofender a honra do chefe do Executivo estadual. O discurso em questão consta em um vídeo compartilhado pelo vereador nas redes sociais no dia 2 de julho do ano passado.
O parlamentar questionou uma blitz realizada pela Polícia Militar sob ordens do Estado e, na ocasião, aproveitou a oportunidade para atacar o governador, chamando-o de corrupto e dizendo, entre outras coisas, que o mesmo deveria estar preso. Por este motivo, o governador acionou a Justiça.
Ao ser acionado, o vereador alegou que a acusação de difamação se baseou em alegações genéricas, imprecisas e que não apontavam para fato definido. Quanto à suposta injúria, disse que o objetivo não foi ofender o governador, mas sim externar o que ocorria no momento da blitz, já que a Polícia Militar realiza o procedimento com fins arrecadatórios.
Tiago Vargas assumiu postagem
Neste sentido, ao assumir a publicação, o vereador Tiago Vargas admitiu o que disse, motivo pelo qual o promotor entendeu que o mesmo deveria ser devidamente responsabilizado. O promotor ressaltou ainda que no caso dele não caberia uma absolvição sumária sustentada pela imunidade parlamentar, uma vez que tal benefício não se aplicaria ao caso.
“No caso em questão, após a instrução processual, certo é que as declarações publicadas em redes sociais foram gravadas na circunscrição do Município de Campo Grande/MS, entretanto, não se deram no exercício do cargo ou em razão dela e em prol única e exclusivamente da população, haja vista que o querelado não apenas expressou sua opinião e fez críticas alusiva a atuação do querelante, mas também proferiu palavras injuriosas e difamatórias em seu desfavor”, afirmou o Marcelo Ely.
“Portanto, por extrapolar sua função legislativa e fiscalizatória, atingindo o âmbito pessoal e ultrapassando os limites do mandato, indevido a aplicação da imunidade parlamentar ao querelado, o que consequentemente afasta a atipicidade da conduta”, completou o promotor. O caso tramita na 3ª Vara Criminal de Campo Grande.
Notícias mais lidas agora
- Suspeito flagrado com Jeep de ex-superintendente nega envolvimento com assassinato
- Ex-superintendente de Cultura é assassinado a pauladas e facadas no São Francisco em Campo Grande
- Jeep roubado de ex-superintendente morto a pauladas e facadas é encontrado pela polícia
- Antes de assassinato, homem foi visto em cima de telhado de casa de ex-superintendente em Campo Grande
Últimas Notícias
Só corre! Bazar beneficente da Breshop terá 10 mil peças de marca a partir de R$ 5
Evento ocorrerá no próximo dia 15 de dezembro, das 8h às 15h, em Campo Grande
Em poucos minutos, chuva intensa provoca alagamentos em bairros de Campo Grande
Ruas e casas ficaram alagadas na Capital
Adolescente é apreendido e confessa que assassinou ex-superintendente da Cultura em Campo Grande
Segundo a polícia, o suspeito deu voltas com o comparsa e gastou o cartão de crédito da vítima em conveniências
Professores da UFMS se apresentam na Europa
Professores da Faalc se apresentaram na República Tcheca e em Portugal
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.